
Saúde discute políticas públicas para população LGBT
As discussões vão ocorrer todas as terças do mês de setembro, no Parque dos Povos Indígenas
Buscando maior protagonismo
nas ações de implementação da Política de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transexuais em seus territórios, um grupo de pessoas que fazem parte de
movimentos sociais que atuam em prol das pautas LGBT, profissionais da saúde, familiares
e simpatizantes participaram de uma roda de conversa, no final da tarde dessa terça-feira,
04, no Parque dos Povos Indígenas para debater sobre o tema. A ação foi promovida
pelas secretarias da Saúde de Palmas (Semus) e do Estado (Sesau) e pela
Associação das Travestis e Transexuais do estado do Tocantins (Atrato).
O ponto principal da
discussão foi sobre o atendimento dos profissionais que atuam na rede de saúde
pública com o público LGBT. Grande parte das pessoas presentes no encontro citou
a falta de aproximação e conhecimento dos trabalhadores do serviço público
sobre as questões que perpassam a saúde da população LGBT, sobretudo, seus
direitos.
Para a gerente de Saúde
Mental da Semus, Dhieine Caminski, as rodas de conversas são justamente para
que a gestão tenha conhecimento sobre a população LGBT e suas necessidades de
saúde, além de trazer para a vida deles o questionamento de como é o
atendimento nos serviços de saúde e de como ele pode influenciar diretamente na
vida dessas pessoas. “É necessário uma atuação mais consciente e integral por
parte tanto da gestão como também da população LGBT. Como profissional de
saúde, entendo que essa troca de saberes e de informações vai possibilitar a
efetivação de ações para melhorar a humanização do cuidado, que já é uma
preocupação da Secretaria”, explica lembrando que a preocupação deve ser em
primeiro lugar com a vida de quem está ali na frente de um profissional, não
importando quem seja.
A presidente da Associação
das Travestis e Transexuais do Tocantins (Atrato), Byanca Marchiori, considera
que os encontros são mais uma oportunidade para a população falar e ter
conhecimento sobre a diversidade sexual e também da identidade de gênero.
“Queremos manter e ampliar as discussões e também os espaços para falar sobre a
temática. Temas como o enfrentamento à violência contra a população LGBT, ações
para a inserção da comunidade LGBT no mercado de trabalho, que é outra
dificuldade enfrentada pelo segmento, além do tratamento dado a este público,
nas diversas esferas do poder público foram tratados aqui”, pontua a
presidente.
O encontro terminou com
algumas propostas para os pontos debatidos que serão encaminhados por meio de
documentos ao poder público. Entre as sugestões, está a elaboração de políticas
públicas para assegurar e efetivar o atendimento adequado às pessoas LGBT, a
implantação do Ambulatório que terá como função promover saúde integral de
lésbicas, gays, bissexuais,
transexuais e travestis.
As rodas de conversas
ocorrerão todas as terças-feiras do mês de setembro. Os encontros acontecerão
no Parque dos Povos Indígenas, sempre a partir das 17 horas.
(Edição e postagem: Iara
Cruz)