
Centro de Educação Inclusiva de Palmas é referência em atendimento especializado
Outras 90 crianças recebem atendimento específico para desenvolver habilidades e aprendizagem no projeto
“Os profissionais do CEI tem
colaborado efetivamente com técnica e amor para com a minha filha, eles tem
ofertado a ela algo que eu não teria condições de pagar particular. É o sonho
de toda mãe com uma criança que necessita de cuidados especiais”, revela Cristina
Rodrigues de Souza Mota, 40 anos, mãe da Ada Ester, 5 anos, e que recebe
atendimento no Centro de Educação Inclusiva (CEI), projeto da Prefeitura de
Palmas, instalado na Escola Municipal Francisca Brandão, na Arse 121.
Junto com Ada Ester, outras 90
crianças recebem atendimento específico para desenvolver habilidades e
aprendizagem. Segundo o coordenador pedagógico do CEI, Lucas Leal, os alunos
são encaminhados pelas escolas municipais, mas devido à necessidade, o Centro
está atendendo alunos da rede estadual e até particular. Ele acrescentou que
foi necessária a criação de um grupo de orientação e apoio aos pais, por meio
de profissionais da psicologia e assistência social.
Inaugurado em janeiro de 2018, pela Prefeitura de Palmas, o CEI está atendendo alunos com necessidade de adaptação física, intelectual, autismo, síndrome de down, microcefalia, hidrocefalia, altas habilidades, superdotação e alguns com dificuldade de aprendizagem. O Centro conta com uma equipe de multiprofissionais responsáveis por identificar, diagnosticar, elaborar e executar planos de ação, além de acompanhar e avaliar alunos que necessitem de atendimento individualizado e especializado, nas diferentes faixas etárias. São profissionais das áreas de pedagogia, psicopedagogia, psicologia, fisioterapia, medicina, fonoaudiologia e assistência social. Além disso, a rede municipal de ensino de Palmas, conta com 35 salas de Recursos Multifuncionais, distribuídas nas unidades educacionais de Palmas.
Segundo a mãe Cristina
Rodrigues, sua filha Ada Ester, tem diagnóstico de hidrocefalia. Ela conta que
sua criança nasceu prematuramente, com cinco meses de gestação, e antes do CEI
não interagia com os outros. “Agora, ela participa do balé e está caminhando
para uma inclusão efetiva na escola. Ela está até usando umas botinhas órtese,
para facilitar o equilíbrio e desenvolver autonomia. Já está marchando,
sorrindo e interagindo. Ela já me chama para caminhar, pega na minha mão e está
apresentando boa vontade para desenvolver as atividades físicas”.
De acordo com a terapeuta
ocupacional Alexsandra Coelho, o CEI tem promovido desenvolvimento da autonomia
e desempenho ocupacional por meio de um trabalho multidisciplinar de
atendimento em grupo. “Dificuldade em escovar os dentes, em realizar a higienização,
tudo isso colabora para reabilitação e estimula independência nas crianças”,
relata a terapeuta revelando ainda a motivação de aceitar o convite para
atender no CEI. “Fiquei encantada com o ambiente, a estrutura e os recursos,
também por ser um novo desafio e acrescentar no meu trabalho, além de
contribuir para a educação dessas crianças”, finaliza.
Para a mãe de Ada, todo o
atendimento ofertado à filha na rede municipal de ensino reflete a política
pública que a gente vê acontecer. Cristina Rodrigues relata que sua filha está
com os horários plenamente aproveitados já que estuda pela manhã, no 1º ano de
ensino fundamental, e no contraturno faz atividades do CEI.
“Depois que minha menina
começou a interagir com outras crianças e com os atendimentos melhorou em 100%
o desenvolvimento físico e mental. Pra mim o CEI é um sonho realizado. Estou
muito feliz com os atendimentos e a Ada cada dia que passa mostra ainda mais
resultados positivos”, relata Cristina Rodrigues.
Como funciona o CEI
O aluno matriculado em
qualquer uma das unidades educacionais da rede municipal de ensino de Palmas
será encaminhado pelo professor da sua escola para avaliação dos profissionais
do CEI. Depois de detectado a necessidade de atendimento o aluno passa a fazer
acompanhamento no contraturno das suas atividades pedagógicas, que pode ser uma
ou duas vezes por semana.
Formação de profissionais
De acordo com o coordenador
do CEI, Lucas Leal, além do atendimento às crianças, os profissionais da rede
receberão capacitação. “Formação para os profissionais das salas de recursos,
professores regentes das salas de aula, estendendo posteriormente à formação em
parceria com universidades e instituições de ensino, para transformar a Capital
em uma cidade referência em inclusão”, conta.
(Edição e postagem:
Lorena Karlla)