
Mulheres que Cuidam – Agente de Saúde Família Maria Zélia faz a diferença em pacientes com fibromialgia
Maria Zélia atua no Centro de Saúde da Comunidade (CSC) da Arse 82
Todos os dias uma mulher se levanta para fazer a diferença, elas lutam por um mundo melhor, contribuem e crescem mutuamente, porque sabem que a capacidade de mudar faz do seu mundo, uma parte melhor no universo. Uma dessas mulheres, agente transformadora da comunidade onde vive, é Maria Zélia Santos, a agente de Saúde da Família da Secretaria de Saúde de Palmas que realiza encontros semanais com um grupo de mais de 30 mulheres para a prática do Lian Gong, que reúne terapias corporais desenvolvidas na China. O encontro acontece toda quarta-feira na Praça da Arse 92, às 18 horas.
O trabalho voluntário da mulher
de alma serena e espírito altivo é desenvolvido com outras mulheres atendidas
pelo Centro de Saúde da Comunidade (CSC) da Arse 82. Quem participa do grupo é
a professora aposentada, Maria José Pena, que após descobrir que estava com
fibromialgia, caiu em uma depressão profunda e só conseguiu se restabelecer,
quando conheceu o grupo liderado por Zélia. “Eu estava muito doente porque eu
não aceitava a doença, que eu iria ter que ir ao psiquiatra, psicólogo,
reumatologista, além de tomar remédio por toda a vida. Cheguei a um ponto que
eu estava praticamente acamada, eu não dava conta de fazer nada, aí eu
comecei a vir para cá, tinha dia que eu estava com tanta dor que chorava, eu
vinha chorando, mas eu vinha. Hoje eu não posso falar que estou curada, mas eu
tenho qualidade de vida, e agora estou alegre e feliz”, conta sorridente.
Zélia desenvolve com o seu grupo, a arte do Lian
Gong, uma prática corporal elaborada na década de 70 por um médico
chinês. O objetivo principal da série de 18 terapias é a de tratar e prevenir
dores no corpo, problemas osteosmusculares, articulações e etc. O exercício
também atua nas disfunções dos órgãos internos e problemas respiratórios. “Os
exercícios feitos aqui em grupo, elas podem fazer em casa também, com a
família, em qualquer lugar. Então eu comecei a fazer com a equipe do CSC e aqui
na nossa quadra que era o meu sonho, o meu desejo era passar para minha
comunidade esses ensinamentos. Eu sou mesmo grata pelo que eu aprendi. O que
sinto é gratidão e o amor pelo trabalho realizado. E a amizade e carinho por
cada uma, aumenta cada vez mais”, relata Zélia emocionada.
“A Zélia está fazendo diferença para mim, em todos
os sentidos, nesse trabalho belíssimo que ela está fazendo conosco.
Admiro a disposição que ela tem para vir, e a forma que ela trabalha com a
gente. Ela explica direitinho, passo a passo, é o que significa cada exercício
feito, então assim eu vejo muito resultado. A doação que ele tem e o seu
trabalho é belíssimo”, conta a professora Raimunda do Nascimento.
Quem também teve ganhos para a saúde foi a
aposentada Zilda Mota, que alia acompanhamento com equipe de saúde da família
no CSC e a prática dos exercícios. “Para mim foi muito bom, eu tinha uma dor no
braço que não tinha remédio que curasse, então eu comecei a fazer esses
exercícios, aí até esqueci da dor, nunca mais sofri desse braço, melhorou a circulação
a respiração e as dores. Não quer dizer que com isso a gente não vá tomar os
remédios, continuar o tratamento do médico no posto e tudo, mas o que é
realizado aqui ajuda muito”, explica.