03 julho 2017 às 09:44

Palmenses prestigiam último dia de apresentações no 25° Arraiá da Capital

Juninas, shows musicais, cidade cenográfica e comidas típicas marcaram o festejo 

Após cinco dias de festa e celebrações culturais, teve fim na noite desse domingo, 02, a programação do 25° Arraiá da Capital São João da Palma, na Vila Olímpica, ao lado do Estádio Nilton Santos, em Palmas. O público não desanimou no último dia e foi conferir de perto as apresentações das juninas do Grupo Especial, Cafundó do Brejo, Pula Fogueira, Explosão Amor Caipira, Estrela do Sertão e Luar de Santo Antônio, que fechou a noite.

 

O presidente da Fundação Cultural, Hector Franco, disse que Palmas tem muito o que comemorar. “Os 25 anos do Arraiá da Capital marcam o maior da nossa história. Percebemos no rosto da população o quanto aproveitaram o arraiá, e isso em todos os ambientes. Estamos valorizando a nossa cultura, transformando esse evento em um marco. Isso nos enche de orgulho”, celebra o presidente, ao ressaltar que novas ideias vão surgindo a partir da realização de cada evento.

 

A Cidade Cenográfica, montada ao lado da arena, palco das apresentações, foi um dos locais mais visitados durante esse arraiá. Projetada para reproduzir as características das pequenas cidades nordestinas, berço da cultura junina, a Cidade Cenográfica disponibilizou a todos os visitantes, barraquinhas com comidas típicas de festa junina, como paçoca, quentão, cuscuz, pipoca, pamonha, curau, dentre outras delícias para todos os gostos. E quem participou mais um ano da festa foi a empresária Maria de Lourdes Carlos Inácio, 57 anos, que há 17 anos ganha seu pão de cada dia preparando receitas com milho. “Todos os anos a expectativa sempre supera e nesse não foi diferente”, comemora Maria de Lourdes.

 

O pipoqueiro João Santos de Oliveira Sousa participa do Arraiá da Capital pela sétima vez e ressalta a preferência pela festa. Para ele é um dos eventos mais importantes do calendário de festas de Palmas. “Creio que eventos desse porte valorizam o pequeno comerciante da cidade, que não consegue competir com os grandes”, esclarece Sousa.

 

Diferencial

 

Pensando em inovar e diferenciar seus produtos dos demais, Maria Madalena de Oliveira, 51 anos, que vende churros e pipoca há 20 anos, decidiu por em prática uma grande ideia. Juntou a vontade de melhorar seu faturamento e a habilidade com trabalhos manuais, para criar seu próprio cantinho caipira.

 

A comerciante confeccionou bonecos grandes e pequenos com a temática caipira, além de reproduzir alguns adereços típicos de casas do interior. Deu tão certo que ela pensa em melhorar ainda mais o espaço, já pensando no próximo ano. “Propaganda é a alta do negócio e pensando nessa linha criei meu próprio cenário que fica ao lado do meu carrinho de churros e pipoca. Muita gente acaba chegando perto por curiosidade, para tirar fotos e muitos aproveitam e já compram algumas das delícias que vendo”, celebra Maria Madalena.

 

Famílias

 

O Arraiá da Capital é um espaço democrático e recebe os mais diversos públicos todos os anos. Sabendo do sucesso que o evento é, principalmente no quesito segurança, com a atuação massiva da Guarda Metropolitana, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, além de equipes de segurança privada, o empresário Wanderley Batista Carvalho não pensou duas vezes e levou a esposa e as filhas gêmeas de três anos para conhecerem o local. “É a primeira vez que participamos e gostei bastante. Achei tudo muito organizado e seguro”, explicou Carvalho.

 

O casal de namorados Raiele da Silva Oliveira, 23 anos, e Tallesney Marques da Conceição, de 22 anos, foram ao Arraiá por duas noites e exaltaram a organização. “Em comparação com 2016 eu acho que a ampliação da capacidade da Arena deu mais conforto para os visitantes e sem dúvida ano que vem vamos repetir a dose”, informou Raile.

 

Outro espaço que atraiu muitas famílias foi à iniciativa de um comerciante local, que montou uma cabine fotográfica na cidade cenográfica, lembrando os antigos lambe-lambes, fotógrafos de rua. A versão moderna conta com uma cabine especial com câmera de última geração, computador e uma impressora especial que imprime a foto local após ser feita. Elenilson Alves e Zenilda Cantanheide não perderam tempo e aproveitaram o momento para registrar a visita feita ao Arraiá da Capital, juntamente com a filha Isy Pereira. “Adoramos a ideia de em meio a um evento podermos tirar a foto e levar logo para casa. Apesar de todo mundo hoje em dia ter um celular com câmera, são raras as vezes em que elas são impressas”, explica Zenilda.

 

Forró agarradinho

 

Os amantes de forró e baião ganharam um espaço especial para curtir e prestigiar artistas que comandaram a festa no Coreto do Forró, montado na Cidade Cenográfica. Com apresentações diárias, os artistas e o público presente deram show e mostraram todo o gingado do povo brasileiro. Neste domingo, 02, a festa foi comandada por Marcilon do Acordeon, Trio do Forró e Trio Chik Chik.

  

O casal Marciene Barbosa Ferreira e Jailton Alves Gomes fez bonito na pista ao reviverem músicas que são clássicas do forró e baião. “Sou do interior e isso me faz lembrar a região onde nasci. Fui em todos os dias e aproveitei bastante”, conta Gomes.

 

O músico Marcilon do Acordeon ressaltou que eventos como esse são de extrema importância para a valorização dos artistas locais, que muitas vezes não tem espaço para mostrar sua arte. “Há 10 anos eu participo do Arraiá da Capital e vejo o quanto o povo dessa terra gosta de forró. Estou muito feliz em participar dessa festa”, enaltece o músico.

 

Museu

 

Outro espaço que recebeu centenas de visitantes foi o museu dedicado a contar um pouco da história do Arraiá da Capital de 2016. Ao todo foram oito fotos captadas pelas lentes dos repórteres fotográficos Aline Batista e Júnior Suzuki, oito roupas entre as usadas pelas rainhas, brincantes, componentes e casal destaque, bem como alguns adereços utilizados pelos quadrilheiros.

 

A funcionária pública Aldenis Bezerra Cavalcante esteve na última noite do evento e, ao visitar o museu, ressaltou que ações como essas garantem a preservação da memória para as futuras gerações, além de valorizarem ainda mais o trabalho dos quadrilheiros, que se dedicam tanto para levar alegria aos espectadores.

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