13 junho 2017 às 18:09

Estudo quer identificar a prevalência do HPV na Capital

Três Centros de Saúde da Comunidade
(CSC) de Palmas participam do “Estudo de prevalência do Papilomavirus no
Brasil: Pop-Brasil”, realizado pelo Ministério da Saúde, em parceria com o
Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre (RS), que tem o objetivo de estimar a
prevalência do Papiloma vírus Humano (HPV) e identificar fatores demográficos,
socioeconômicos, comportamentais e regionais associados à ocorrência da doença.
Na Capital, participam do estudo os CSCs Arno 41, Valéria Martins (Arse 122) e
Laur
í​des Milhomem (Jardim Aureny III), que realizarão exames em mulheres e homens de 16 a 25 anos  para detecção
da doença durante o mês de junho.


 

No CSC Valéria Martins, por exemplo,
haverá plantões nas quartas-feiras e sábados do mês de junho para realizar
testes rápidos da doença. O atendimento
nos sábados será das 8 às 12 horas e nas quartas das 18 às 21 horas.


 

De acordo com o coordenador da pesquisa
em Palmas, enfermeiro Eriko Marvão, que também atua no CSC Valéria Martins, o
exame é simples. “Para ambos os sexos será feita uma coleta oral através de um
bochecho com enxaguante bucal, e ainda nos homens uma segunda coleta com uma
escovinha que passa no escroto e pênis e nas mulheres a coleta é semelhante ao
exame preventivo que elas são acostumadas a fazer todos os anos”, explica, 
lembrando que os exames não serão feitos em mulheres
grávidas ou que já tenham sido tratadas de câncer no útero.


 

Todo o material coletado será
encaminhado para um laboratório em São Paulo que fará a leitura genética do
material. “O resultado sai em 60 dias e é sigiloso. O paciente receberá esse
resultado via email, carta em sua residência ou ainda mensagem no celular”,
garante.

 

No CSC Laurídes Milhomem (Jardim Aureny
III) os plantões serão nos dias 22 e 27 das 18 às 22 horas, e a unidade
oferecerá ainda outros testes rápidos para detecção de doenças sexualmente
transmissíveis e avaliação odontológica. Já no CSC Arno 41 os exames serão
feitos na unidade todas as terças e quartas a tarde e todas as quartas e
quintas à noite.


 

O estudo recebe o apoio da Organização
Pan-Americana de Saúde e Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS). A pesquisa
incluirá cerca de 7.500 pessoas, com idades entre 16 e 25 anos, de ambos os
sexos, em todas as capitais.



Doença e prevenção


 

O HPV é um vírus que se instala na pele
ou em mucosas e afeta tanto homens quanto mulheres. Atualmente, a infecção por
HPV é a doença sexualmente transmissível (DST) mais frequente, ou seja, é a
principal infecção viral transmitida pelo sexo.


 

Na maioria dos casos, o HPV não
apresenta sintomas e é eliminado pelo organismo espontaneamente. Entretanto,
entre os mais de 100 tipos diferentes de HPV existentes, 30 a 40 podem afetar
as áreas genitais de ambos os sexos, provocando diversas doenças, como as
verrugas genitais, os cânceres de colo do útero, vagina, vulva, ânus e pênis.
Além disso, provocam tumores na parte interna da boca e na garganta
(orofaringe), tanto benignos (como a papilomatose respiratória recorrente)
quanto malignos, como os cânceres de orofaringe. O HPV é causador do câncer de
colo de útero, terceiro tumor que mais mata mulheres no Brasil. A cada ano, 15
mil novos casos são identificados e 5 mil mulheres morrem.


 

O HPV não tem cura, pode ser
controlado, mas ainda não há cura para a doença. Seus principais sintomas são:
verrugas não dolorosas (isoladas ou agrupadas) nos órgãos genitais (pênis,
ânus, vagina, vulva), boca e garganta; irritação/coceira com lesões. As
manifestações através de verrugas podem levar dias ou anos e são mais comuns em
pessoas com imunidade baixa e gestantes.


 

Uma forma de prevenção adotada no
Brasil é a vacinação contra o HPV destinada a meninas entre 9 a 13 anos e
meninos de 12 e 13 anos.

 

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