
Depressão: Superando a doença para viver
Ela
afeta qualquer pessoa independente de raça, cor, religião ou condição social.
Traz um grande sofrimento mental, tira a capacidade de se relacionar e de
trabalhar. Estamos falando da “Depressão”. Estudos revelam que é a doença que
mais afeta a qualidade de vida de uma pessoa. Ficar atento aos seus sintomas é
importante – afinal, isso possibilita um diagnóstico precoce e um tratamento
mais eficaz.
Nesta
última reportagem sobre “Depressão”, vamos conhecer a história da advogada
Sônia Maria de Oliveira, 42 anos, que chegou ao fundo do poço há oito anos, mas
conseguiu dar a volta por cima ao encontrar apoio nos amigos e no tratamento
adequado. “Quando fiz o tratamento, descobri que desde criança eu tinha um
quadro depressivo, desencadeado por minha mãe que era muito repressiva. Eu era
uma criança obediente até demais, fazia até o que não queria. Quando me casei não
tive um casamento feliz, era muito reprimida, então só fui ficando mais
depressiva”, conta Sônia que é goiana e mora em Palmas há cinco anos.
Ela
perdeu a vontade de comer, de se relacionar com as pessoas, desenvolveu
síndrome do pânico, transtornos de ansiedade e no quadro físico refluxo e
alergias. “Quando procurei o médico, tinha 30 dias que não comia. Como tenho
personalidade forte, via que tinha que reverter aquela situação. Levantava e
tomava chá, além disso, só sorvete. Não tinha apetite nenhum para comer. Minhas
mãos ficaram amarelas, eu tremia, não conseguia andar sozinha. Quando olho para
trás não lembro de coisas boas, só as ruins”, afirma ela que chegou a pesar 40
quilos, 12 a menos que o ideal para seu biotipo.
A
luz no fim do túnel veio quando uma cunhada a trouxe para Palmas para se tratar
na rede pública do município. Após o tratamento, ela se separou, mas já casou novamente
e afirma que é feliz com o novo companheiro, filhos e amigos. “Agradeço a Deus
porque colocou no meu caminho pessoas que me ajudaram a vencer essa fase
complicada da minha vida. Hoje sou outra pessoa, tenho prazer em viver a vida e
não aceito que me reprimam, faço o que quero e me sinto realizada”, diz Sônia,
que concluiu o curso de Direito no ano passado e que agora estuda para passar
no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Futuramente,
ela pretende desenvolver um trabalho voluntário e ajudar mulheres a superar a
depressão. “Eu tenho certeza que tem muitas mulheres que vivem como eu vivia,
por isso, quero estender a mão, assim como me estenderam para eu sair do fundo do
poço e renascer”, concluiu.