
Amastha fala da economia de Palmas no 2° Simpósio Nacional de Varejo e Shopping do Uruguai
A convite da Associação Brasileira dos Lojistas de Shopping (Alshop), o prefeito Carlos Amastha participou neste sábado, 1º de abril, do painel “Shoppings e cidades – Os entraves causados pela burocracia” no 2° Simpósio Nacional de Varejo e Shopping do Uruguai. O evento aconteceu no Conrad Hotel Punta Del Este.
Cálculo
e apropriação do IPTU, emissão e obtenção de Alvarás, sobreposição de ofícios e
documentos requeridos, desencontro de informações obtidas junto a diversas
repartições e autarquias e a burocracia dificultando atividades foram os
assuntos abordados no painel.
No
evento, Amastha falou sobre Cálculo e apropriação do IPTU lembrando que o
tributo produz efeitos fiscais e extrafiscais. “Enquanto efeito fiscal, o IPTU
é uma das fontes de arrecadação municipal, provendo o Poder Público de dinheiro
para investimentos e custeios, já o propósito do efeito extrafiscal é regular o
ordenamento territorial, sendo um dos instrumentos de gestão do território
municipal”, esclareceu o gestor municipal.
“Como
fonte de arrecadação, a cobrança do IPTU somente será justa se observar a
correta identificação do valor da base de cálculo, através de uma Planta de
Valores que realmente reflita o valor venal dos imóveis, assim como a aplicação
de alíquotas de forma adequada, preferencialmente utilizando-se a progressão de
tais alíquotas pelo valor do imóvel, como prevê a Constituição”, finalizou
Amastha, enfatizando ainda que: “uma gestão eficiente em tempos de crise se faz
trabalhando todos os dias com apenas um objetivo, tornar Palmas referência para
o Brasil e para o mundo”.
Em
Palmas, implementou-se a revisão da Planta de Valores Genéricos ainda em 2013
(para vigência a partir de 2014), buscando-se a justiça fiscal através da
atribuição de valores venais mais aproximados da realidade. Aliado a isso,
também foi feita a revisão do Código Tributário Municipal, implantando-se a
progressão das alíquotas do IPTU de acordo com o valor do imóvel. Com tais
medidas, a arrecadação do IPTU cresceu de 24 milhões (2013) para 45 milhões
(2016).
Participaram do evento, ainda, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux; presidente da Associação Brasileira dos Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil Sahium; presidente da Riachuelo, Flavio Rocha; secretário Municipal de Desestatização de São Paulo, Wilson Poit; presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Flávio Amary e presidente e CEO da Aliansce Shopping Centers S.A., Renato Rique.
IPTU Progressivo
Um
dos grandes desafios da gestão do IPTU em Palmas é solver o conflito das glebas
urbanas com grandes proprietários que não utilizam os imóveis e também deixam
de pagar o IPTU devido sobre as áreas. Ao todo, são 95 glebas que chegam ao
alarmante índice de 92% de inadimplência no pagamento do imposto. Assim, em
2013, iniciou-se as notificações de edificação compulsória com o IPTU
Progressivo para cerca de 600 imóveis, com início da progressividade em 2015
para aqueles que deixaram de atender às notificações. Nesse sentido, a gestão
atua no combate à especulação imobiliária e busca proporcionar a ocupação mais
ordenada do solo urbano.
Emissão e obtenção de
alvarás
A
gestão municipal tem se empenhado significativamente para que as atividades de
empreendedorismo tenham condições de se instalar e manter na cidade. Ações como
revisão dos documentos solicitados, atendimento centralizado no Resolve Palmas
e emissão do Alvará pela internet fizeram diminuir o tempo de abertura das
empresas de 40 dias (2012) para 20 dias (2016) em média.
Entretanto,
o Município acaba de firmar termo de parceria com a Junta Comercial do
Tocantins (Jucetins), para que, através de um cadastro unificado e
informatizado, denominado Simplifica Tocantins, a abertura da empresa e
obtenção dos alvarás não perdure mais que 48 horas. Com o Simplifica Tocantins,
haverá uma consulta prévia, respondida pelo Município, acerca da verificação do
uso do solo, de forma que, caso aprovado previamente, o empreendimento recebe,
praticamente em tempo real, a inscrição no CNPJ, o registro na Junta Comercial,
a inscrição Municipal e o Alvará de Funcionamento, passando já a exercer
regularmente suas atividades.
Outros assuntos
O
investimento em tecnologia é um dos principais requisitos para a modernização
da gestão administrativa. Para isso, a gestão está finalizando o procedimento
licitatório para implantação do sistema de Gerenciamento de Documentos
Eletrônicos (GED), que também englobará os processos administrativos. Com isso,
os documentos e processos da Prefeitura circularão eletronicamente, através de
mapeamento dos fluxos e, a burocracia inerente ao serviço público, será
utilizada em favor da administração, e não como fator de empecilhos das
atividades da gestão.