
Macaco sagüi é recolhido e encaminhado ao Centro de Triagem de Animais Silvestres
O animal tinha sido domesticado e estava no Parque Cesamar.
O macaco da espécie sagüi, que estava
no Parque Cesamar, foi recolhido pela Guarda Metropolitana de Palmas (GMP) e
encaminhado para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas),
em Araguaína (no Norte do Estado) onde ficará em quarentena.
A Divisão Ambiental da GMP e a
Fundação do Meio Ambiente esclarecem que foi necessário esse cuidado
devido ao macaco não integrar aquele habitat natural, por ser tratar de um animal domesticado, diferente
das outras espécies de macacos que vivem atualmente na mata do
parque.
De acordo com o gerente da Divisão Ambiental,
Heleno Freitas, o animal ficará em observação e depois será devolvido ao seu habitat natural. “Se
não for comprovado nenhuma anomalia durante a quarentena, ele será
devolvido ao seu habitat natural,
caso não se adapte pelo fato de ser doméstico, será conduzido para o
projeto Aratama, em Presidente Kennedy-TO”, disse.
A médica
veterinária, Natália Basan, observou o animal durante
toda a tarde do último domingo, 21, no Parque Cesamar, analisando o
comportamento do macaco. Segundo ela, o macaco estava estressado com
o contato das pessoas que queriam tocá-lo e acariciá-lo, especialmente, de algumas crianças
que tentavam pegá-lo a força. “Todo animal, seja ele doméstico ou não, tem que
saber manejá-lo, como ele ficava estressado, ao puxá-lo ele se defendia
mordendo”, acrescentando que a espécie não é oriundo desta região do Estado.
Ainda de acordo com a profissional, por
suas características e comportamento, “o macaco se comportava como um
animal doméstico, e como não foi aceito pelo grupo de animais já
existente no Parque, buscava comida entre os humanos, que geralmente os
alimentava”.
Ainda segundo a profissional: “Outro fato que percebi durante o tempo que
estive observando-o, é que ao anoitecer, ele tentava
dormir, se enrolando nos cabelos das mulheres, e ao tentarem soltá-lo dos
cabelos, ele mordia, no sentindo de se proteger”.
Orientação
De acordo com a Divisão Ambiental da
GMP, no Parque existem placas orientando aos frequentadores a
não alimentar os animais silvestres durante as visitas, e evitar contato com os
mesmos.
Para a bióloga da Fundação Municipal
do Meio Ambiente, Bruna de Almeida, é preciso respeitar os limites desses
animais. “Apesar de ser uma área urbanizada deve haver uma parcimônia entre
o ambiente deles e do homem. Devemos respeitar os limites de todas as espécies,
não apenas do macaco sagüi”, disse.
No Parque Cesamar existem diversas
espécies de animais silvestres, como jacarés, capivaras, macacos, veados,
dentre outros.