25 julho 2014 às 17:57

Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais é lembrado na Capital

O dia 28 de julho é lembrado como o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, que tem o objetivo de desenvolver atividades para o fortalecimento da prevenção e controle da doença. Em Palmas a data será marcada com atividades na Policlínica da 108 Sul, onde a Diretoria de Vigilância Epidemiológica, através da Área Técnica DST/AIDS e Hepatites Virais em parceria com os profissionais do Núcleo de Atendimento Henfil, realizarão testes rápidos e entregarão kit de prevenção contendo preservativos, gel lubrificante e cartilhas.

 

A ação acontece na própria segunda-feira, 28, a partir das 8 horas, e é voltada a todo público presente no local.

 

Na terça-feira, 29, atendendo à solicitação do Tribunal de Justiça, a partir das 8 horas, a equipe fará o mesmo trabalho junto aos servidores do órgão.

 

Hepatites virais

 

Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, as Hepatites Virais são inflamação do fígado causada pelos vírus A, B, C, D e E. Os sintomas mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Muitas vezes esses sintomas não são facilmente identificados, dificultando o diagnóstico da doença, que precisa ser confirmada por meio de exames de sangue específicos.

 

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem, tornarem-se crônicas e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite.

 

De forma geral, a Hepatite A costuma ter evolução benigna, não deixando sequelas. No entanto a Hepatite B torna-se crônica em até 5% dos casos, dos quais, até 40% podem evoluir para cirrose e/ou câncer de fígado.

 

Já na Hepatite C quase 80% dos casos evoluem para a forma crônica, sendo responsável por 40% dos casos de cirrose e 60% dos cânceres primários de fígado.

 

Transmissão

 

A Hepatite A é transmitida pela ingestão de alimentos e/ou água contaminados com fezes infectadas pelo vírus. Já as Hepatites B e C são transmitidas por meio de contato com sangue de uma pessoa que tenha a doença – transfusão de sangue, relações sexuais sem camisinha, compartilhamento de material para uso de drogas e de higiene pessoal, como por exemplo seringas, aparelhos de barbear e outros que possam cortar ou furar a pele. Ocorre transmissão também da mãe infectada para o filho durante a gestação, sendo que na Hepatite B o risco é ainda maior pois, pode haver transmissão no parto e na amamentação.

 

Prevenção

 

Existem várias medidas que podem evitar a transmissão das hepatites virais:

– Usar preservativo em todas as relações sexuais;

– Exigir materiais esterilizados ou descartáveis em estúdios de tatuagem e de piercings;

– Não compartilhar instrumentos de manicure e pedicure;

– Não usar lâminas de barbear ou de depilar de outras pessoas;

– Não compartilhar agulhas, seringas e equipamentos para drogas inaladas e pipadas, como o crack.

 

Vacinação

 

A vacina contra a hepatite B deve ser recomendada para jovens até 29 anos, para as populações vulneráveis (em especial, profissionais do sexo, homens que fazem sexo com homens e usuários de drogas) e para profissionais de saúde. É um direito e é a melhor forma de evitar a hepatite B.

 

Essa vacina faz parte do calendário de vacinação da criança e do adolescente e está disponível em todas as salas de vacina do Sistema Único de Saúde (SUS). Todo recém-nascido deve receber a primeira dose logo após o nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida. Se a gestante tiver hepatite B, o recém-nascido deverá receber, além da vacina, a imunoglobulina contra a hepatite B, nas primeiras 12 horas de vida, para evitar a transmissão de mãe para filho. Caso não tenha sido possível iniciar o esquema vacinal na unidade neonatal, recomenda-se a vacinação na primeira visita à unidade pública de saúde. A vacina está disponível no SUS desde 1998.

 

A oferta dessa vacina estende-se, também, a outros grupos em situações de maior vulnerabilidade, independentemente da faixa etária. (Com informação Ministério da Saúde)

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