05 novembro 2010 às 17:08

Abertas inscrições para I Seminário de Vigilância às Leishmanioses

Buscando integração com outros setores organizados da sociedade para combater, de forma mais efetiva, a leishmaniose visceral (calazar), a Secretaria da Saúde de Palmas, (Semus), realiza o I Seminário de Vigilância às Leishmanioses, nesta terça-feira, 09, às 9h, no auditório do Tribunal de Contas do Estado (TCE), à Avenida LO 4, Lote 01, Quadra 102 Norte. As Inscrições podem ser feitas pelo site: http://www.leishmanioses.org

O evento, que contará com a participação de pesquisadores de renome nacional tem como objetivo, discutir as causas, natureza e sintoma da doença, envolvendo além de profissionais da saúde pública, outros setores como clínicos veterinários, Organizações Não Governamentais (ONG), Ministério Público, associações e a comunidade.

“A leishmaniose é responsabilidade de todos. A prevenção e o controle da doença requerem a colaboração de todos esses atores para diminuirmos os índices da endemia, em nossa Capital” – argumenta Samuel Bonilha, secretário da Saúde.

Doença preocupante
De acordo com o biólogo, Edimar Viana Cruz, responsável Técnico pelas Leishmanioses da Semus, as leishmanioses são um problema crescente em todo o Brasil, tornando-se uma das doenças mais preocupantes da atualidade. “A transmissão da doença, antes restrita a ambientes rurais, vem se expandido para as áreas urbanas, uma ameaça à comunidade. Queremos desmistificar o cão como principal agente responsável pela doença e alertar para o inseto vetor (mosquito palha) que é o grande vilão ” – enfatiza o biólogo.

Condições favoráveis
Segundo Wolney Aires Pedreira, coordenador de Zoonoses do CCZ, o mosquito palha, vetor da doença, tem encontrado condições favoráveis para seu desenvolvimento nas cidades, em função da fartura de alimentos orgânicos disponíveis nos quintais e terrenos baldios . “Embalar corretamente o lixo doméstico e destiná-lo nos dias e horários corretos, para o sistema de coleta é uma recomendação simples que é dever de todos seguir” – orienta. 

Em Palmas, a maior incidência de leishmaniose visceral foi registrada em setores como: Jardim Taquari, Santa Bárbara, Jardim Aureny III e região das Arnos. 

Leishmaniose
A leishmaniose possui duas formas: a tegumentar (LTA) e a visceral (LVC). A visceral, também conhecida como calazar, é a forma mais severa de leishmaniose, transmitida através da picada o mosquito palha. Atinge principalmente órgãos viscerais como ,fígado, baço e medula óssea. A tegumentar é uma doença infecciosa, não contagiosa, que provoca úlceras na pele e mucosas. 

Em região rural e de mata, os roedores e raposas são os principais; no ambiente urbano, os cães. Nem todos os cães, quando infectados, apresentam os sinais da doença (emagrecimento, perda de pelos e lesões na pele).

NÚMEROS DE  LEISHMANIOSE VISCERAL EM HUMANOS  –  PALMAS 

 

2007

2008

2009

2010

Casos confirmados

24

36

39

33

2010 – Dados até 04 de novembro de 2010-  Secretaria da Saúde de Palmas – SINAN