
Cine Cultura e Sessão Vitrine promovem acesso ao Cinema Nacional de qualidade
Parceria que já dura três anos foi renovada nesta terça-feira, 16
O
Cine Cultura continuará recebendo um filme por mês através da parceria com a
Sessão Vitrine, da Vitrine Filmes, projeto de distribuição de filmes nacionais
a custo reduzido. A parceria que já dura três anos foi renovada nesta
terça-feira, 16, com a exibição da sessão comentada do filme, Estou me
Guardando para Quando o Carnaval Chegar, com a presença do produtor executivo,
João Vieira Júnior.
A
curadora do Cine Cultura, Elisângela Dantas, explica que a parceria da Sessão
Vitrine é muito importante em razão do preço praticado nas salas participantes,
que não ultrapassa R$ 15,00 (inteira), promovendo a exibição de filmes de
qualidade a preços populares, e por levar ao público um cinema de qualidade,
original, que retrata a cultura do país e que se destaca nos principais festivais
brasileiros e internacionais.
Outra
questão apontada por Elisângela é que a Sessão Vitrine fomenta uma relação
entre o espectador e o evento de ir ao cinema, através de lançamentos e sessões
com debates, investindo na formação de novas plateias e fortalecendo o circuito
audiovisual.
Em
três anos de parceria o Cine Cultura exibiu 27 filmes da Sessão Vitrine, muitos
com a participação de diretores ou produtores, a exemplo do documentário
Divinas Divas, que contou com a participação da diretora, Leandra Leal.
O
produtor, João Vieira Júnior, falou sobre a parceria e a importância de espaços
como o Cine Cultura. “O Cine Cultura é um patrimônio local, não só pelo espaço,
mas as questões que abre para a discussão, como as sessões debate, esse tipo de
espaço está cada vez mais raro”, disse.
Estou me Guardando
para Quando o Carnaval Chegar
Documentário
que retrata o cotidiano dos moradores de Toritama-PE, estou me Guardando para
Quando o Carnaval Chegar trata essencialmente da relação trabalho/tempo e de
como a desregulamentação do trabalho afeta a cadeia produtiva.
Para
o psicólogo, Eduardo Breno Bezerra, “é um filme que se fala sobre
trabalho, mas que fala mais sobre o tempo, o tempo que é entregue ao trabalho,
e o custo humano da produção do jeans em Toritama, uma vez que As pessoas se
consideram donas do próprio horário, mas não são”.
João
Vieira explica que o documentário é um gênero aberto que permite aos
realizadores descobrir o que se está fazendo no decorrer do processo, onde o
filme pode chegar.
Para
a realização do documentário foram feitas seis viagens a Toritama, e o que mais
chamou atenção da equipe foram as rápidas mudanças na cidade e como seus
habitantes vivem apenas para o trabalho. “Toritama vive para trabalhar e a
gente também vive para trabalhar, isso gera muitos problemas”, afirmou o produtor
Vieira ao ressaltar que, “acredita que o que foi visto em Toritama é um
laboratório do que pode se tornar o Brasil pós reforma, em relação.
Estou
me guardando para o Carnaval Chegar permanece na programação do Cine Cultura
até 24 de julho.