14 junho 2019 às 10:53

Palmas contará com Plano Municipal de Prevenção à Automutilação e Suicídio na Adolescência

O Plano está sendo elaborado pela Gerência de Saúde Mental da Semus

A Secretaria Municipal de Saúde (Semus), por meio da
Gerência de Saúde Mental, está elaborando o Plano Municipal de Prevenção à
Automutilação e Suicídio na Adolescência, que tem o objetivo estabelecer ações
intersetoriais de prevenção dos agravos diante desse fenômeno pouco
compreendido pela sociedade. A elaboração foi aprovada pelo Conselho Municipal
de Saúde conforme Resolução nº 27 de 22 de maio, publicada no Diário Oficial do
Município no último dia 12.
  


De acordo com a gerente da Saúde Mental da Semus, Dhieine
Caminski, em até 30 dias após a publicação da Resolução, o Plano de Ação com
todas as suas estratégias será encaminhado para o Conselho Municipal de Saúde
para as devidas apreciações e publicação no Diário Oficial do Município.
  


A gerente ressalta que as ações estão articuladas
essencialmente entre a Semus e as Secretarias da Educação e do Desenvolvimento
Social e a Fundação Cultural, onde se busca estabelecer ações de proteção à
vida, construção de projetos e planos de curto, médio e longo prazo, trazendo
às crianças e adolescentes, a saúde mental em seu sentido integral.
  


“O suicídio muitas vezes é relacionado à doença mental,
transtorno psiquiátrico, loucura, ou até mesmo a falta de fé. Na realidade o
suicídio sempre existiu em nossa sociedade, porém nas últimas décadas os casos
entre adolescentes e até mesmo crianças vem aumentando. As evidências
científicas apontam que tal situação se deve principalmente às vulnerabilidades
sociais, nem sempre econômicas, mas fragilidades de construção de identidade e
sentido de vida”, explica Dhieine.
  


Mas o que leva uma criança ou adolescente a se mutilar ou
atentar contra a própria vida? Dhieine ressalta que não tem uma única resposta,
mas existem vários fatores associados. “Os principais são a falta de diálogo
familiar e de apoio social, perfil parental rígido ou passivo demais, ausência
de limites claros, situação de violência doméstica, abusos, abandono emocional,
negligência, entre outros”, ressalta.
 

 

A gerente ressalta ainda que o atendimento para crianças
e adolescentes não é feito nos Centros de Atenção Pscicossocial (Caps II e AD
III). “No caso de uma criança ou adolescente estar passando por uma situação
parecida, os pais ou responsáveis podem procurar o Centro de Saúde da
Comunidade mais próximo para orientação e encaminhamento ao Ambulatório de
Saúde Mental Infanto-Juvenil, que funciona no CSC Professora Isabel Auler,
responsável pelo acompanhamento de qualquer situação de saúde mental na
infância e adolescência na Capital”, conclui.