24 agosto 2022 às 14:17

ETI Fidêncio Bogo ministra oficina de criação de abelhas sem ferrão a alunos e servidores

O objetivo é sensibilizar os estudantes para a importância da preservação destes polinizadores, além de divulgar o potencial econômico da atividade utilizando um dos espaços da unidade escolar

Localizada no setor rural de Taquaruçu Grande, em Palmas, a ETI Professor Fidêncio Bogo desde a sua concepção busca associar às disciplinas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) a introdução à agroecologia e práticas de sustentabilidade, oferecendo ao estudante conhecimentos para agregar valor ao trabalho no campo e possibilidades de se manter na propriedade. Uma dessas práticas é a criação de abelhas nativas sem ferrão, ou meliponicultura. Para isso, a escola instalou um meliponário didático com diversas espécies de abelhas nativas, que serve de palco para oficinas como a que aconteceu nos dias 23 e 24 de agosto, ministradas pelo técnico agrícola do Ruraltins Wandro Cruz.

O objetivo das oficinas é sensibilizar os estudantes para a importância da preservação destes importantes polinizadores, além de divulgar o potencial econômico da atividade utilizando um dos espaços educadores da unidade escolar. No meliponário didático são realizadas algumas das vivências do componente curricular de Zootecnia. Esta é a quarta oficina realizada desde a implantação do meliponário.

Durante a vivência houve exposição de material ilustrativo, multiplicação de enxames, rodas de conversas, demonstrações práticas, coleta do mel, identificação das principais espécies nativas do Tocantins e exposição dos principais modelos de caixas para criação dessas abelhas. Em uma abordagem prática, foram explorados os temas referentes à proteção das abelhas (do calor, sol, chuva, umidade e inimigos naturais) e a introdução de plantas que beneficiam as abelhas no período chuvoso, além da apresentação das espécies criadas na escola: marmelada, jataí, tubi manso, tiúba, uruçú amarela e uruçu boca de renda.

Segundo a diretora da escola, Queli Fumetti, o meliponário é considerado um lar sustentável para as abelhas, um espaço educador que é naturalmente um convite à aprendizagem. “Cada vivência é inspiradora. O próximo passo é promover junto à comunidade de Taquaruçu Grande o plantio de amor agarradinho, urucum, onze horas, manjericão, alfavaca e outras plantas que enriquecem o pasto meliponícola”, explica. Para ela, além do processo de alfabetização ecológica, as crianças estabelecem uma relação afetiva e sustentável com a natureza e também o resgate da cultura, uma vez que os pais e familiares antigamente lidavam com as abelhas e consumiam muito mel.

O técnico Wandro Cruz trabalha com a divulgação da meliponicultura em todo o estado do Tocantins, desde pequenas cidades a eventos de grande dimensão como a Agrotins. Mas esta foi a primeira vez que ele teve uma vivência com um público tão jovem. “É gratificante perceber, pelo interesse e entusiasmo destas crianças, que o futuro da meliponicultura está garantido. Diante de tanta devastação ambiental acontecendo, é uma esperança ver o encantamento destes jovens com nossas abelhas nativas”, finaliza.

Tags: