Para promover os produtos da agricultura familiar indígena e possibilitar aos visitantes o acesso a alimentos orgânicos e cultivados de forma sustentável foi aberta neste sábado, 24, a 2ª Feira Nacional de Agricultura Tradicional Indígena, realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), no âmbito dos Jogos Mundiais Indígenas.

De acordo com a chefe de divisão da Coordenação Geral de Políticas para Povos e Comunidades Indígenas do MDA, Patrícia Melo, a feira promove a inclusão dos povos indígenas no processo de comercialização. “Essa é mais uma das ações para a inclusão das políticas de comercialização, para dar visibilidade à produção indígena que é muita rica e possibilitar a inclusão econômica desses povos. Contamos com 14 expositores de todas as regiões brasileiras que trouxeram seus produtos como farinha, guaraná entre outros”, afirmou.

Patrícia ainda salientou “nossa intenção é mostrar que tanto quanto os outros agricultores os indígenas também produzem, mas de forma tradicional e com organização cultural própria”.

De Ihéus, na Bahia, Amanayara Tupinambá trouxe o chocolate artesanal, que contém 80% de cacau, feito pelos indígenas da aldeia, além de cocadas e artesanato com materiais tradicionais e recicláveis. “Nossa expectativa é mostrar para a sociedade que nós produzimos e podemos vir a sustentar as nossas famílias com essa produção”. A indígena ainda salientou, “os jogos são uma oportunidade de confraternização e celebração, pois apesar das diferenças somos um só povo”.

O evento, que se estende até o dia 31 de outubro, contará com rodas de conversa e com o painel “A importância da cultura alimentar tradicional indígena na promoção da soberania e segurança alimentar e nutricional”, com a participação de representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), neste domingo, 25, na Oca da Sabedoria, na Vila dos Jogos.

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