
Alunos da Escola João Beltrão apresentam na Agrotins o universo das abelhas sem ferrão
Colmeias de quatro espécies foram transportadas para o local, demonstrando a segurança existente na criação destes insetos
O maior inimigo das abelhas
nativas sem ferrão é o desconhecimento, pois só é possível preservar aquilo que
se conhece. Oprimidas pela urbanização e desmatamento e inofensivas a ataques
de inimigos naturais e do ser humano, elas têm seu habitat reduzido e a
incidência natural de enxames cada vez menor, o que torna a criação em
cativeiro uma opção para preservação das muitas espécies que ocorrem no
Tocantins.
Com base nessa premissa, os
alunos da ETI João Beltrão aproveitam o espaço da Fazendinha do Calor Humano
para divulgar o trabalho realizado na escola com as abelhas sem ferrão. Colmeias
de quatro espécies foram transportadas para o local, demonstrando a segurança
existente na criação destes insetos.
“Aqui temos a uruçu amarela,
a marmelada, a tubi brava e tiúba. Todas são abelhas nativas do Brasil,
enquanto as abelhas com ferrão foram trazidas da Europa ou da África”, explica
Daniela Alves, aluna do nono ano da Escola João Beltrão.
Em pouco tempo de conversa
os preparados alunos abordam muitas outras características, como o mel de valor
medicinal, a importância da polinização e sobretudo a necessidade de que as
pessoas entendam o seu valor para a biodiversidade.
Matheus Torres, aluno de
agronegócio do IFTO e monitor dos alunos, explica que os mais velhos têm mais
facilidade para manejar os insetos, mas o interesse é de todas as faixas
etárias. “É um assunto novo para todos. Percebemos que toda a temática
agroecológica, assim como a criação de abelhas sem ferrão, desperta grande
interesse entre os estudantes”, considera.
Revisão e postagem: Iara
Cruz