Motivados pela participação nas Olimpíadas Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e pela busca de novos conhecimentos, um grupo de alunos da escola municipal Aurélio Buarque, localizada no setor Aureny I, em Palmas, criaram o Clube de Estudos da Astronomia e o batizaram de Hubble.

O projeto surgiu com a ideia de fundamentar e fomentar a percepção para novos conhecimentos, por meio de cosmologia e astronomia. “Dúvidas próprias do ser humano sobre a compreensão do mundo, da sua vida e de sua existência. É um vasto campo de pesquisa para atrair o interesse dos alunos”, explica o professor e orientador do grupo, Adauto Ronaldo Cabral e Silva.

Além dos estudos e participação nas olimpíadas, o grupo está planejando a construção de um foguete, feito com canos de PVC, garrafas pet, água e ar comprimido para impulsioná-lo. Eles pretendem participar da Mostra Brasileira de Foguetes (Mobfog) e fazer um documentário para o lançamento do projétil, previsto para ainda este mês de maio.

A estudante Geisana Castilhos Gomes dos Santos, 14 anos, conta que depois do envolvimento com o Clube Hubble notou certas mudanças em seu comportamento cotidiano. “Passei a observar mais o céu e também chego em casa e transmito informações para meu irmão, tento despertar nele o questionamento para certas coisas que ainda estão sem explicação”.

As reuniões do clube acontecem mensalmente na biblioteca da escola, no contraturno das atividades escolares. Escritores como o astrofísico Carl Sagan e o físico considerado um dos maiores gênios da atualidade, Stephen Hawking, são fontes teóricas de informações para o conhecimento do grupo. Para não ficar somente nas teorias, mas, também promover eventos observacionais com o uso de dinâmicas, as atividades práticas de Astronomia são aplicadas durante os encontros.

Na reunião na última sexta-feira, 05, os alunos pesquisaram informações sobre a viagem de investigação da sonda (radar) Cassini, lançada em 15 de outubro de 1997 a Saturno. Eles apresentaram dados baseados em informações oficiais da Agência Espacial Americana – National Aeronautics and Space Administration (NASA) – e discutiram entre o grupo como uma forma de estudo.

“Antes de participar do clube eu tinha medo do desconhecido. Hoje, eu vejo que não é algo tão temeroso, é uma porta para a evolução do ser humano”. Explica o aluno Thiago de Sousa Magalhães, afirmando ainda que acredita na ciência como principal fonte de conhecimento. “Sinto-me fascinado por robôs que são enviados da Terra para outros planetas com a missão de explorar e aumentar nosso conhecimento”, completa o estudante de 14 anos.

Adquirir conhecimento, além do que é ensinado na escola, é um desafio para esse grupo de adolescentes fascinados por novas descobertas e curiosidades que vão surgindo com a tecnologia em evolução. “Nós estudantes é que precisamos compartilhar conhecimento e promover o debate por meio de grupos. A ciência nos surpreende e cada vez mais é inimaginável o que vamos ter descoberto no futuro”, declara o estudante Michel de Abreu Lima, 14 anos.

Hubble

O clube é batizado com o nome do Astrônomo Edwin Powell Hubble e em sua homenagem o Telescópio Espacial Hubble, instrumento mais avançado da história da astronomia, lançado no espaço pela NASA no dia 24 de abril de 1990. (Com informações da Agência Brasil EBC)

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