26 outubro 2015 às 17:47

Alunos e educadores da rede municipal participam de ações das Caravanas do Esporte e das Artes

Cerca de 400 alunos das Escolas Municipais de Tempo Integral (ETIs) Aprígio Thomaz de Matos e João Beltrão, ambas localizadas na região rural de Palmas, participaram na manhã desta segunda-feira, 26, no Pátio da Universidade Católica do Tocantins, das ações dos projetos Caravana do Esporte e Caravana das Artes.

 

As caravanas são projetos de responsabilidade social da ESPN, Disney, Instituto Esporte e Educação, Instituto Mpumalanga e Unicef que têm como missão garantir os direitos das crianças e adolescentes à educação, cultura, esporte e lazer, estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), atendendo os mesmos com atividades de esporte e arte educacionais.

 

Segundo os organizadores dos projetos, em Palmas, as ações serão marcadas pela integração com os povos indígenas, uma vez que os mesmos estão reunidos na Capital para a realização dos primeiros Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI) e a meta é atender 3 mil crianças e adolescentes durante os três dias de realização.


Durante toda a manhã, os alunos, além de participarem de diversas atividades esportivas, culturais e de recreação e lazer, ainda tiveram a oportunidade de conviver e aprender um pouco mais sobre a cultura indígena dividindo o espaço e as atividades com os alunos da etnia Xerente de Tocantínea.

 

Para Felipe Pereira, 11 anos, aluno do 6º ano da ETI Aprígio Thomaz, a experiência foi muito proveitosa. “Gostei muito da oportunidade de participar da caravana porque além de sair da escola para participar de uma atividade fora sala de aula, ainda pude conviver com outras crianças, aprender coisas novas, foi muito legal”, disse.

 

Já para Vinícius de Moraes, aluno do 9º ano, participar das ações da caravana “foi importante para conhecer na prática aquilo que é estudado na teoria sobre as etnias e culturas indígenas”.

 

O secretário da Educação, Danilo Melo, ressaltou a importância da participação dos alunos e professores nas ações das caravanas. “Essa é uma grande oportunidade para nossos alunos e educadores absorverem e compartilharem as experiências, os saberes, pois essa integração, a troca de experiências, contribui significativamente para o nosso aprendizado e crescimento tanto pessoal, quanto profissional”, afirmou.

 

Paralelo as atividades com os alunos, acontece também em período integral, a formação continuada sobre arte e esporte educacionais para 300 professores da rede municipal, monitores de programas educacionais, agentes de educação e mestres de cultura e saber.

 


Ao fim dos três dias de ações, no dia 29, a partir das 8h, no Auditório da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), acontece o Seminário “Esporte e Arte Educacionais, indígena e não indígena – Pela Identidade, Diversidade e União entre os povos”. O seminário servirá para debater sobre o viés educador das atividades físicas e artísticas, bem como os valores das tradições locais e das culturas indígenas, que devem ser preservados independentemente dos conteúdos da escola tradicional.

 


O seminário será dividido em quatro painéis: “Esporte e cultura como direito” (Parte I e Parte II); “Escola indígena, saberes tradicionais” e “Políticas Públicas e Garantia de Direitos”. A mediação fica por conta da jornalista e diretora dos projetos Caravana do Esporte e Caravana das Artes, Adriana Saldanha, e o professor do Instituto Esporte Educação, especialista em esporte educacional, Alexandre Arena.



Participam do seminário, Marcos Terena do Comitê Intertribal, Ana Moser,  presidente do Instituto Esporte Educação, Regina Muller, do Instituto das Artes da Universidade de Campinas, Miguel Vives, vice-sênior da The Walt Disney Company (Brasil), Tonico Benites, autor de “A escola na ótica dos Ava Kaiowá”, Kennedy Apurinã, coordenador da Educação Escolar Indígena de Paumari (AM), João Paulo Barreto Tukano, Integra o Colegiado Indígena dos Alunos de Pós-Graduação em Antropologia Social e Sociedade e Cultura na Amazônia, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), e de graduação em Pedagogia Intercultural da Universidade do Estado do Amazonas (Ufam) e Chikinha Pareci – Indígena do Conselho Estadual de Educação Escolar Indígena do Mato Grosso. (Com informações do site www.caravanaesporteartes.com.br)

 

 

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