
Alunos e educadores da rede municipal participam de ações das Caravanas do Esporte e das Artes
Cerca de 400 alunos
das Escolas Municipais de Tempo Integral (ETIs) Aprígio Thomaz de Matos e João
Beltrão, ambas localizadas na região rural de Palmas, participaram na manhã
desta segunda-feira, 26, no Pátio da Universidade Católica do Tocantins, das
ações dos projetos Caravana do Esporte e Caravana das Artes.
As caravanas são
projetos de responsabilidade social da ESPN, Disney, Instituto Esporte e
Educação, Instituto Mpumalanga e Unicef que têm como missão garantir os
direitos das crianças e adolescentes à educação, cultura, esporte e lazer,
estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), atendendo os
mesmos com atividades de esporte e arte educacionais.
Segundo os
organizadores dos projetos, em Palmas, as ações serão marcadas pela integração
com os povos indígenas, uma vez que os mesmos estão reunidos na Capital para a
realização dos primeiros Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI) e a meta é
atender 3 mil crianças e adolescentes durante os três dias de realização.
Durante toda a
manhã, os alunos, além de participarem de diversas atividades esportivas,
culturais e de recreação e lazer, ainda tiveram a oportunidade de conviver e
aprender um pouco mais sobre a cultura indígena dividindo o espaço e as
atividades com os alunos da etnia Xerente de Tocantínea.
Para Felipe
Pereira, 11 anos, aluno do 6º ano da ETI Aprígio Thomaz, a experiência foi
muito proveitosa. “Gostei muito da oportunidade de participar da caravana
porque além de sair da escola para participar de uma atividade fora sala de
aula, ainda pude conviver com outras crianças, aprender coisas novas, foi muito
legal”, disse.
Já para Vinícius de
Moraes, aluno do 9º ano, participar das ações da caravana “foi importante para
conhecer na prática aquilo que é estudado na teoria sobre as etnias e culturas
indígenas”.
O secretário da
Educação, Danilo Melo, ressaltou a importância da participação dos alunos e
professores nas ações das caravanas. “Essa é uma grande oportunidade para
nossos alunos e educadores absorverem e compartilharem as experiências, os
saberes, pois essa integração, a troca de experiências, contribui
significativamente para o nosso aprendizado e crescimento tanto pessoal, quanto
profissional”, afirmou.
Paralelo as
atividades com os alunos, acontece também em período integral, a formação
continuada sobre arte e esporte educacionais para 300 professores da rede
municipal, monitores de programas educacionais, agentes de educação e mestres
de cultura e saber.
Ao fim dos três
dias de ações, no dia 29, a partir das 8h, no Auditório da Universidade
Luterana do Brasil (Ulbra), acontece o Seminário “Esporte e Arte Educacionais,
indígena e não indígena – Pela Identidade, Diversidade e União entre os povos”.
O seminário servirá para debater sobre o viés educador das atividades físicas e
artísticas, bem como os valores das tradições locais e das culturas indígenas,
que devem ser preservados independentemente dos conteúdos da escola
tradicional.
O seminário será dividido em quatro painéis: “Esporte e cultura como direito” (Parte I e Parte II); “Escola indígena, saberes tradicionais” e “Políticas Públicas e Garantia de Direitos”. A mediação fica por conta da jornalista e diretora dos projetos Caravana do Esporte e Caravana das Artes, Adriana Saldanha, e o professor do Instituto Esporte Educação, especialista em esporte educacional, Alexandre Arena.
Participam do
seminário, Marcos Terena do Comitê Intertribal, Ana Moser, presidente do
Instituto Esporte Educação, Regina Muller, do Instituto das Artes da
Universidade de Campinas, Miguel Vives, vice-sênior da The Walt Disney Company
(Brasil), Tonico Benites, autor de “A escola na ótica dos Ava Kaiowá”, Kennedy
Apurinã, coordenador da Educação Escolar Indígena de Paumari (AM), João Paulo
Barreto Tukano, Integra o Colegiado Indígena dos Alunos de Pós-Graduação em
Antropologia Social e Sociedade e Cultura na Amazônia, da Universidade Federal
do Amazonas (Ufam), e de graduação em Pedagogia Intercultural da Universidade
do Estado do Amazonas (Ufam) e Chikinha Pareci – Indígena do Conselho Estadual
de Educação Escolar Indígena do Mato Grosso. (Com informações do site www.caravanaesporteartes.com.br)