24 abril 2018 às 09:41

Alunos recebem aula de campo em colheita de milho cultivado para a merenda escolar

Aula de campo faz parte do projeto Roça para as Escolas

 

Alunos da Escola de Tempo Integral (ETI) João Beltrão em Taquaruçu Grande, acompanhados dos secretários da Educação, Danilo Melo e de Desenvolvimento Rural, Roberto Sahium, participaram nessa segunda-feira, 23, da colheita do milho cultivado no Centro Agrotecnológico de Palmas onde é realizada a Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins).

 

 

A aula de campo teve o propósito de levar os alunos à vivência e aprendizado de todo o processo de cultivo do cereal. A colheita dos dois hectares da plantação de milho iniciou nessa segunda-feira, 23, e prossegue até quinta-feira, 26. A expectativa é de colher cerca de 50 mil espigas que serão destinados para a alimentação escolar das unidades educacionais da rede municipal de ensino.

 

 

A produção faz parte do ‘Projeto Roça para as Escolas’, desenvolvido numa parceria entre a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural (Seder) e a Secretaria Municipal da Educação (Semed), e é destinada a enriquecer a merenda escolar com produtos agroecológicos, sem uso de agrotóxicos, além de incentivar junto aos educandos o cuidado com o meio ambiente e as práticas sustentáveis.

 

 

Durante a aula, houve explanação do técnico agrícola do Seder, Bonfim dos Reis, que falou sobre o projeto, sua finalidade e objetivo, em especial sobre a produção e fisiologia do milho, diferença entre o cereal híbrido, precoce e transgênico. Repassou aos alunos noções sobre a importância da análise, correção e adubação do solo, proporção de área, produtividade, opções de comércio e linhas de financiamento, caso os pais tenham interesse, uma vez que muitos são filhos de chacareiros.

 

 

O aluno Wallysson Soares de Oliveira, 14 anos, relatou acerca da experiência em aprender sobre a ajuda do vento na polinização dos frutos e dos comentários de que a soja tem fator de destaque na exportação de grãos do Estado, informações que antes não sabia. Já a aluna, Anna Clara Araújo, 14 anos, gostou da aula prática e de conhecer sobre a formação da espiga do milho. Foi importante saber que “cada fio está ligado a um ovário que fica na espiga. Depois de fecundados, os ovários transformam-se em grãos, que são o fruto da planta”, destaca.

 

 

O secretário da Educação, Danilo Melo, destacou que é importante perceber que a roça, a terra, a produção de alimentos é algo que acompanha a humanidade durante muito tempo. Segundo ele, a escola pública que estamos fazendo, vocacionada pra isso, acredita na ideia de autonomia. “Toda criança, todo jovem pode aprender muitas coisas úteis para sua vida, para a produção de riqueza, além do que é convencional”, destaca. “Educação não é só a matéria tradicional do currículo, é mudança de atitude. A criança que entende que tem que separar o lixo orgânico, que pode produzir o adubo orgânico, que pode produzir sua própria alimentação de maneira saudável, que sabe fazer as coisas básicas do trabalho manual é fundamental”, destaca. Ele conclui ainda que, “o trabalho manual e intelectual se completam e isso é que faz avançar a inteligência e inovação nas pessoas. Educação é mudar comportamentos, ter atitudes proativas diante do que a vida pode nos proporcionar”, finaliza.

 

 

Para o secretário de Desenvolvimento Rural, Roberto Sahium, despertar e resgatar a importância de conhecimento e reconhecimento do processo de produção agrícola representa melhora no campo e no agronegócio como um todo. Salienta o benefício de fazer com que os alunos saibam de onde vem a comida que comem, que compram, reconhecendo todo o processo de produção, mostrando que a agricultura é o grande negócio na economia do País.

 

 

Projeto Roça para as Escolas

 

 

O Projeto Roça para as Escolas foi intensificado no ano passado com o propósito de enriquecer o valor nutricional do cardápio escolar, com a produção de peixes, hortaliças, tubérculos, grãos e outros alimentos, e gerar economia às unidades educacionais.