
Arrasta Pé da Apae, Juninas do Grupo de Acesso e Tribaião brilharam na segunda noite do 26º Arraiá da Capital
Quadrilha da Comunidade Apae foi uma das principais atrações da noite
Começando com Edi Ribeiro no Coreto
do Forró e encerrando com Tribaião no Palco Principal, a segunda noite do Arraiá
da Capital, nesta quinta-feira, 28, contou também com a Arrasta Pé da
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Palmas, na abertura do
concurso de Quadrilhas do Grupo de Acesso. E, para completar o cenário, a Lua
Cheia brilhou no Céu, deixando a noite da maior Festa Junina do Norte do País
mais bonita e colorida.
Se as quadrilhas que disputam o
concurso junino primam pela originalidade e figurinos elaborados, a Arrasta Pé
da Apae levou para Arena a simplicidade
e tradição das quadrilhas escolares e de comunidades.
Com passos conhecidos, como “olha a
cobra”, “túnel”, e “coroamento” os brincantes da Apae se divertiram e fizeram o
público querer dançar junto. “Eu achei super legal lá na Apae e aqui é muito
bom dançar”, contou a estudante Janaira Santos. “Eles dançam bem, fizeram todos
os passos e deu saudade dos tempos que a gente dançava quadrilha na Escola”,
disse a comerciante Simone Machado, que assistiu a apresentação na
arquibancada.
Para a diretora da Apae, Luziane
Castro, a participação da Apae no Arraiá
ajuda a consolidar as habilidades dos alunos. “O fato de eles terem uma
deficiência não significa que não têm condições de estar nos locais de cultura.
Estar aqui é mostrar que nós temos as limitações, mas somos capazes de superá-las”,
concluiu.
Grupo de Acesso
Após a Arrasta Pé da Apae foi a vez
das Juninas do grupo de Acesso brilharem na Arena, levando ao palco uma
diversidade de enredos que falaram de fé, tempo, amor e preconceito. As apresentações foram iniciadas com a Paixão
Junina, com o enredo, “Somos Iguais na Diferença”, seguida da Pula Fogueira,
com “Fé, Mistério e Paixão”; a Coração Caipira falou das romarias, com o tema
“Na Fé do Romeiro nas Festas de São João”.
A quarta quadrilha a se apresentar
foi a “Já Vim, Já Vou”, que apresentou “Tudo que Parece Não É”; e, encerrando
as apresentações, a “Fulô de Mandacaru” teve como enredo “O Tempo o Senhor do
Destino”.
Além das quadrilhas, quem vai ao
Arraiá pode conferir um pouco da história dos outros arraiás, no Museu da
festa, que expõe figurinos de edições anteriores. Há ainda um espaço para as
crianças se divertirem, o Arraiá dos Mulekinhos, brincadeiras como a pescaria,
e uma Praça de Alimentação com uma diversidade de comidas típicas, além de
sanduíches, açaís, pastéis, entre outros.
“É um espaço grande, muito completo e
preparado para receber o pessoal. O som é bom, não deixa nada a desejar”, disse
Maria Alália Santos, que foi ao Arraiá com a filha e a neta.
Forró
E como festa junina, com a lua cheia
clareando o céu tem que ter Forró, o arrasta pé começou ainda cedo no Coreto do
Forró, com Edi Ribeiro, seguido de Cardosinho do Acordeom e Paraíba dos 8 Baixos
que só pararam para o Tribaião começar a tocar no Palco Principal.
Comandados por Marcelo Bahia, o grupo
tocou forrós tradicionais como se Avexe Não, de Flávio José, e Eu só Quero um
Xodó, de Dominguinhos, dentre outros clássicos de Luiz Gonzaga e Jackson do
Pandeiro, levando o público a iniciar a sexta-feira no ritmo mais tradicional
do País.
“A gente estava um pouco cansados,
porque viemos na primeira noite. Mas o Arraiá da Capital é só uma vez por ano,
então fizemos um esforço e estamos aqui dançando outra vez”, contou João
Francisco Sousa, que foi ao evento com a namorada, Janaina Ribeiro.