
Campanha de vacinação contra a Influenza entra na reta final e se encerra no dia 30 de junho
O público-alvo que está mais distante do ideal são as puéperas. Apenas 277 mulheres se vacinaram, o que representa 46,2% do percentual preconizado pelo ministério
A campanha de vacinação contra a Influenza se encerra na próxima
terça-feira, 30, e por este motivo a Secretaria Municipal da Saúde (Semus)
chama à atenção dos grupos prioritários para aproveitarem a oportunidade e se
imunizarem durante este período. Conforme informações da Central Municipal de
Vacina de Palmas (Cemuv), alguns grupos superaram a meta, sendo que até o
momento 16.520 (156,2%) idosos foram imunizados e 9.901 (106,9%) dos
profissionais de saúde receberam as doses.
Esses foram os únicos grupos do público-alvo que atingiram e
ultrapassaram as metas preconizadas pelo Ministério da Saúde (MS). O
público-alvo que está mais distante do ideal são as puéperas (que se recuperam
do parto), apenas 277 mulheres se vacinaram, o que representa 46,2% do
percentual preconizado pelo Ministério.
Ainda segundo os dados da Cemuv, apenas 4.469 (72,7%) da população entre
55 a 59 anos receberam o imunizante. Já as crianças de 6 meses até menores de 6
anos, somente 13.529 (56,6%) alcançaram a meta. Do grupo de gestantes, 2.232
(61,3%) foram vacinadas. As pessoas com comorbidade, 11.306 (86,5%) buscaram a
vacina e 2.719 (66,1%) dos professores também se protegeram da doença.
Para os demais grupos não há meta estabelecida por terem sido
recentemente inseridos na campanha ou por não haver estimativa da população por
município.
A enfermeira da Central Municipal de Vacinas, Juliana Araujo de
Souza, destaca que historicamente o grupo de idosos e profissionais da saúde
são os que atendem com mais rapidez ao chamamento para a vacinação contra
influenza. “Neste ano não foi diferente, esses foram os primeiros grupos para
os quais a vacina foi liberada. A procura foi bastante intensa chegando a
esgotar as doses no Município nas primeiras semanas”.
Nas etapas seguintes, Juliana afirma que outros grupos não aderiram de
forma tão expressiva. “Ressaltamos que é importantíssimo a vacinação dos grupos
prioritários. Estes grupos são definidos pelo MS baseado em dados
epidemiológicos e são escolhidos devido ao maior risco de desenvolver
complicações e óbito pela doença”.
A enfermeira ainda chama à atenção para o grupo de gestantes e crianças,
os quais não atingiram a meta preconizada em anos anteriores e são grupos
extremamente vulneráveis para a infecção por influenza, risco de agravamento do
quadro e óbito.
“Este ano, com a pandemia de Covid, sabemos que muitas pessoas estão com
receio de procurar a unidade de saúde, com medo de contaminação. A Semus
ressalta que os profissionais e as salas de vacina estão orientados quanto às
medidas de distanciamento social, uso equipamentos de proteção individual
(EPIs) e o álcool gel está disponível para a higienização da mãos, tornando os
atendimentos seguros”, informa a enfermeira .
A profissional alerta ainda sobre os riscos da associação dessas doenças
e o coronovírus. “Não podemos deixar que outras doenças voltem a circular em
nosso território juntamente com o coronavírus. Isso irá piorar a nossa situação
epidemiológica e a situação de saúde da nossa população”, finaliza.
Grupos
prioritários
Os grupos prioritários da terceira fase são formados por pessoas com
deficiência, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas,
professores e pessoas de 55 a 59 anos de idade.