Caps oferece curso de panificação para incentivar geração de renda aos acolhidos
A ideia é oportunizar aos acolhidos no Caps a desenvolverem habilidades
Com 30 anos de
serviços prestados para rede de saúde de Palmas, a técnica em enfermagem Luzeni
Rocha Soares, chamada carinhosamente de Lú pelos colegas e acolhidos no Centro
de Atendimento Psicossocial Álcool e Drogas (Cap AD III), encontrou mais uma
forma de contribuir com os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) ensinando
uma das suas habilidades que é cozinhar bem. Há cinco anos, dona Lu promove a
Oficina de Panificação para homens que frequentam o Caps.
Orientações de como
manusear os alimentos, dos cuidados com a limpeza e a higiene ao prazer de
cozinhar, Dona Lu explica com voz firme ao grupo. Atentos, todos prestam
bastante atenção nos ensinamentos e muitos já tentaram reproduzir as receitas
em casa. Como é o caso de Amaro Cirino, 42 anos, que não deixa de ir às
quintas-feiras no Caps, pois é neste dia que a oficina da Lu acontece. “Aprendi
aqui a fazer bolos, pães e pizza. Fiz em casa para minha família e todos
gostaram muito. Ficaram orgulhosos de mim”, conta Amaro com satisfação.
Assim como ele,
Heloison Rodrigues Sousa, 32 anos, também se diz contente em aprender uma nova
função. “Já trabalhei de muitas coisas, mas hoje tenho algumas limitações
físicas, então aprender a fazer massas tem sido muito bom. Espero me
aperfeiçoar e depois tentar fazer para vender”, diz animado planejando produzir
para gerar renda.
Para Paulo César
Gomes, as oficinas além de ensinar como trabalhar na panificação é mais um
momento para os acolhidos do Caps trocar experiências e também se sentirem
importantes. “Já trabalhei como pizzaiolo e no dia que fizemos pizzas aqui eu
ajudei bastante no processo. Foi bastante produtivo, me senti útil e bastante
feliz”, revela.
De acordo Mônia de
Deus, uma das técnicas que acompanha a oficina, a ideia é incentivar a geração
de renda e oportunizar aos acolhidos no Caps a desenvolverem habilidades. “Os
cursos que são oferecidos no Centro dão oportunidade aos nossos usuários de
terem uma profissão, gerarem renda, além de incentivá-los a crescer e progredir
profissionalmente”, explica.
Dona Lu segue
animada com seus planejamentos para as próximas oficinas, aguardando sempre
receber boas notícias dos seus alunos. “Tempos atrás fiquei sabendo do José
Ricardo que participou de várias oficinas comigo. Ele está produzindo mangulão
e vendendo na porta da escola onde a sua esposa trabalha. Consegue vender 12
unidades por dia. O dinheiro já ajuda bastante no orçamento da família”,
comemora orgulhosa.