28 fevereiro 2019 às 18:25

Carnaval do Caps leva folia para Parque dos Povos Indígenas e integra sociedade e usuários do serviço

Guilherme
Carvalho , 30 anos, frequenta o Centro de Atendimento Psicossocial – CAPs AD
III a alguns meses, ajudou a confeccionar os enfeites e adereços para o
bailinho de Carnaval da Saúde Mental.  E
hoje, ao ar livre no Parque dos Povos Indígenas, está pulando Carnaval junto
com os demais companheiros que frequentam os Caps, profissionais da Saúde e
visitantes do Parque. Com muita animação, Guilherme fala da satisfação de
participar deste momento. “É bem diferente. Motiva muito mais a dar
continuidade ao tratamento. Às vezes nos sentimos desmotivados e, participar de
eventos como este, onde pessoas diferentes estão juntas, brincando e se
divertindo faz bem para gente”, disse com um sorriso no rosto.

 

 

A
psicóloga Jéssica Oliveira, considera que a melhor estratégia de luta hoje é
através da arte e da cultura. “É muito prazeroso participar de um evento como
este. Ver que tantas pessoas aceitaram o convite e vieram brincar conosco e
perceber também que as pessoas estão se conscientizando, que a volta dos
manicômios é um verdadeiro retrocesso”, lembrou a profissional.

 

 

Maíra
Ramos, estudante universitária do curso de Teatro estava passando pelo Parque e
ficou surpresa com a movimentação e alegria do grupo, e resolveu chegar perto
da folia para ver do que se tratava. “Estou achando incrível. Estava passando e
decidi encostar pra ver o que era. Me deparei com esse grupo, levando uma
mensagem importante sobre os cuidados com a saúde mental”, observou.

 

 

Marla
Castro, terapeuta ocupacional do CAPs, que é uma das organizadoras da
intervenção, contou que este foi o primeiro Carnaval de rua da Saúde Mental de
Palmas. “Estamos saindo de dentro dos Caps para mostrar que a saúde mental
também é alegria e cultura. Que a gente consegue trabalhar a inclusão social
das pessoas que fazem o tratamento através da arte, de projetos para geração de
renda e trabalho. Queremos estimular os frequentadores a usar os espaços
públicos, pois durante muito tempo eles foram excluídos”, lembrou a terapeuta.

 

 

Para
animar a festa, vários cantores se revezaram no palco montado no Parque, onde
também muitas pessoas aproveitaram o momento para recitar poemas. Participaram
do evento estudantes universitários, famílias, frequentadores do Parque,
trabalhadores da saúde e a comunidade em geral.

 

 

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