04 junho 2018 às 16:05

Centro de Educação Inclusiva de Palmas é referência em atendimento especializado

Outras 90 crianças recebem atendimento específico para desenvolver habilidades e aprendizagem no projeto


“Os profissionais do CEI tem colaborado efetivamente com técnica e amor para com a minha filha, eles tem ofertado a ela algo que eu não teria condições de pagar particular. É o sonho de toda mãe com uma criança que necessita de cuidados especiais”, revela Cristina Rodrigues de Souza Mota, 40 anos, mãe da Ada Ester, 5 anos, e que recebe atendimento no Centro de Educação Inclusiva (CEI), projeto da Prefeitura de Palmas, instalado na Escola Municipal Francisca Brandão, na Arse 121.


Junto com Ada Ester, outras 90 crianças recebem atendimento específico para desenvolver habilidades e aprendizagem. Segundo o coordenador pedagógico do CEI, Lucas Leal, os alunos são encaminhados pelas escolas municipais, mas devido à necessidade, o Centro está atendendo alunos da rede estadual e até particular. Ele acrescentou que foi necessária a criação de um grupo de orientação e apoio aos pais, por meio de profissionais da psicologia e assistência social.


Inaugurado em janeiro de 2018, pela Prefeitura de Palmas, o CEI está atendendo alunos com necessidade de adaptação física, intelectual, autismo, síndrome de down, microcefalia, hidrocefalia, altas habilidades, superdotação e alguns com dificuldade de aprendizagem. O Centro conta com uma equipe de multiprofissionais responsáveis por identificar, diagnosticar, elaborar e executar planos de ação, além de acompanhar e avaliar alunos que necessitem de atendimento individualizado e especializado, nas diferentes faixas etárias. São profissionais das áreas de pedagogia, psicopedagogia, psicologia, fisioterapia, medicina, fonoaudiologia e assistência social. Além disso, a rede municipal de ensino de Palmas, conta com 35 salas de Recursos Multifuncionais, distribuídas nas unidades educacionais de Palmas.


Segundo a mãe Cristina Rodrigues, sua filha Ada Ester, tem diagnóstico de hidrocefalia. Ela conta que sua criança nasceu prematuramente, com cinco meses de gestação, e antes do CEI não interagia com os outros. “Agora, ela participa do balé e está caminhando para uma inclusão efetiva na escola. Ela está até usando umas botinhas órtese, para facilitar o equilíbrio e desenvolver autonomia. Já está marchando, sorrindo e interagindo. Ela já me chama para caminhar, pega na minha mão e está apresentando boa vontade para desenvolver as atividades físicas”.


De acordo com a terapeuta ocupacional Alexsandra Coelho, o CEI tem promovido desenvolvimento da autonomia e desempenho ocupacional por meio de um trabalho multidisciplinar de atendimento em grupo. “Dificuldade em escovar os dentes, em realizar a higienização, tudo isso colabora para reabilitação e estimula independência nas crianças”, relata a terapeuta revelando ainda a motivação de aceitar o convite para atender no CEI. “Fiquei encantada com o ambiente, a estrutura e os recursos, também por ser um novo desafio e acrescentar no meu trabalho, além de contribuir para a educação dessas crianças”, finaliza.


Para a mãe de Ada, todo o atendimento ofertado à filha na rede municipal de ensino reflete a política pública que a gente vê acontecer. Cristina Rodrigues relata que sua filha está com os horários plenamente aproveitados já que estuda pela manhã, no 1º ano de ensino fundamental, e no contraturno faz atividades do CEI.


“Depois que minha menina começou a interagir com outras crianças e com os atendimentos melhorou em 100% o desenvolvimento físico e mental. Pra mim o CEI é um sonho realizado. Estou muito feliz com os atendimentos e a Ada cada dia que passa mostra ainda mais resultados positivos”, relata Cristina Rodrigues.


Como funciona o CEI


O aluno matriculado em qualquer uma das unidades educacionais da rede municipal de ensino de Palmas será encaminhado pelo professor da sua escola para avaliação dos profissionais do CEI. Depois de detectado a necessidade de atendimento o aluno passa a fazer acompanhamento no contraturno das suas atividades pedagógicas, que pode ser uma ou duas vezes por semana.


Formação de profissionais


De acordo com o coordenador do CEI, Lucas Leal, além do atendimento às crianças, os profissionais da rede receberão capacitação. “Formação para os profissionais das salas de recursos, professores regentes das salas de aula, estendendo posteriormente à formação em parceria com universidades e instituições de ensino, para transformar a Capital em uma cidade referência em inclusão”, conta.







 

(Edição e postagem: Lorena Karlla)

 

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