
Cerca de 170 pessoas acompanham discussões sobre prevenção e tratamento do Alzheimer durante palestra no Parque Municipal da Pessoa Idosa
Temática foi discutida em palestra no centro de convivência do Parque Municipal da Pessoa Idosa.
Perda progressiva da memória, desorientação,
ansiedade, dificuldade de reconhecer familiares e amigos, são alguns sintomas
da pessoa que sofre da doença de Alzheimer, e este foi tema da palestra
ministrada na manhã desta quinta-feira, 21, pela psicanalista, Lucy Ferranti,
no auditório do centro de convivência do Parque Municipal da Pessoa Idosa –
Francisco Xavier de Oliveira.
Cerca de 170 pessoas, entre profissionais da
saúde, idosos e familiares, puderam conhecer mais sobre a
doença – prevenção, cuidados, tratamento- e, principalmente como lidar com uma
pessoa que sofre dessa doença.
De acordo com a palestrante, Lucy
Ferranti, a doença de Alzheimer é a forma mais
comum de demência, e não tem cura, podendo ser diagnosticada através da íris.
Ainda de acordo com Ferranti, uma das formas de
se prevenir da doença é ter uma vida ativa. “Precisamos
conhecer nossa mente, modificar nosso modo de vida, para que tenhamos
um envelhecimento ativo, e praticar muitas atividades”, disse.
Questionada sobre qual a melhor forma de se cuidar
de um paciente que possui a doença, ela foi enfática: “Dar
o maior amor do mundo”. A palestrante acrescentou ainda que “Como forma de
evitar a doença, as pessoas precisam deixar de lado as frustrações e raivas”.
Silvio Otávio, de 66 anos, destacou que às vezes
tem alguns lapsos de esquecimento, e segundo sua esposa, Maria
das Graças, de 68 anos, ele não gosta de ir ao médico.
Após assistir a palestra, o idoso garante que vai adotar um
novo comportamento. “Recebi muitas informações, principalmente como
se prevenir e os cuidados para com a doença, ainda mais que minha mãe teve
Alzheimer”, concluiu.
No centro de convivência do Parque Municipal da
Pessoa Idosa há uma equipe multiprofissional, desde nutricionista,
psicólogos, terapeutas, que atendem todas as segundas-feiras, num grupo de convivência,
pessoas que têm a doença.
De acordo com a gerente do parque, Ivanete Mota, a
participação da família é fundamental. “Temos cinco pessoas que recebem
orientações de nossos profissionais, acompanhadas de familiares,
inclusive quatro delas, praticam atividades físicas aqui conosco”, disse.
No Brasil, existem cerca de 15 milhões de pessoas
com mais de 60 anos de idade. Deste total, 6% têm a doença de Alzheimer,
segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz).