
Cmei Contos de Fadas estimula a autonomia das crianças através de projeto de alimentação escolar
O projeto Alimentação Autônoma também reduziu o desperdício de comida em mais de 60%.
O Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Contos de Fadas, localizado na Arno 72, está desenvolvendo o Projeto Alimentação Autônoma com os alunos para estimular a independência em algumas rotinas. O projeto proporciona aos alunos a liberdade de escolherem sua própria alimentação. Ou seja, as crianças se servem sozinhas, escolhem o que querem por no prato e realizam suas refeições sob a orientação e observação das professoras.
Segundo a mãe da Julia, de 4 anos,
Waldenice Salazar, o projeto está tornando a aluna do Cmei uma criança com mais
iniciativa. “Esse é o primeiro ano que ela frequenta a escola e eu já percebi
que desenvolveu muito a autonomia com esse projeto. Ela já quer se servir
sozinha em casa, comer sozinha e vai além, deixou de usar a fralda, quer
escolher e trocar a própria roupa sozinha, tomar banho, e eu fico feliz por ela
estar construindo a independência”, comenta.
O projeto surgiu de uma pesquisa da
Orientadora do Cmei, Cecília Bernardes da Costa, ela conta que no próprio
referencial curricular nacional faz menção a desenvolver a autonomia da criança
na hora da alimentação, então pensou em adequar e aplicar na rotina da unidade.
“Desenvolvi o projeto buscando a autonomia da criança e conseguimos ir além,
diminuímos o desperdício de comida, a qualidade da alimentação superou a
expectativa e as crianças, inclusive os alunos com necessidades especiais,
estão mais participativas nas escolhas, mais independentes. Isso é importante
para o construção do adulto que essas crianças irão se tornar”, revela.
Para a diretora da unidade, Maria
José Moura, o projeto até o apetite das crianças aumentou. “A criança chega no
refeitório e a comida tá quentinha, ela mesma pega o pratinho e se serve, e o
mais importante é que estimulou as crianças a terem vontade de se alimentar.
Ela sabe o que vai ter para o almoço, então pensa, planeja o que vai colocar,
ela escolhe e se serve. Além da melhoria da alimentação, as crianças
desenvolvem a motricidade, equilíbrio e com maior noção de espaço”, explica.
O estímulo deu tão certo que, segundo
a merendeira Eva Vilma Alves, o desperdício de comida reduziu em mais de 60%.
“Esse fator é muito positivo para a escola, para os alunos e para a família. O
aluno se alimenta melhor e a escola reduz o desperdício na hora de ser servida
a comida e também a sujeira no ato da alimentação, os alunos não estão
derrubando ou jogando comida fora. Nós observamos quem costuma comer mais e
quem costuma comer menos, então orientamos na hora que eles se servem e assim
colocam só o que conseguem comer”, ressalta Eva.
(Edição: Lorena Karlla)