
“Consciência Negra – Cores e Lutas” é tema de Mostra de Artes na Galeria da Fundação Cultural de Palmas
Um pouco do cotidiano e das expressões dos negros de comunidades
quilombolas do Tocantins podem ser vistos a partir desta quinta-feira, 12, até
o dia 29 de novembro, na Galeria da Fundação Cultural de Palmas na
mostra Consciência Negra – Cores e Lutas, que une fotografias da exposição
Resgatando Identidades da Defensoria Pública do Tocantins e esculturas da
Coleção Quilombola, do artista plástico Lops, e que compõem o acervo da FCP.
A mostra é resultado da parceria entre a Superintendência da Igualdade
Racial da Secretaria Municipal de Integração Social e Defesa do Consumidor,
Fundação Cultural de Palmas e Defensoria Pública, em comemoração ao Dia da
Consciência Negra, 20 de novembro. A finalidade é retratar um pouco da luta e a
resistência da população negra no Tocantins.
O superintendente de Igualdade Racial, Nélio Lopes, explicou que o
objetivo é que a exposição fique gravada na memória para que as questões
relativas aos negros não sejam lembradas apenas no dia da Consciência Negra. “A
ideia é resgatar um pouco da luta dos negros e mostrar que o preconceito ainda
existe no Brasil nos dias atuais”, disse.
Na abertura da exposição, o diretor da FCP, Cícero Belém, lembrou o
momento de intolerância racial em que vive o País, e afirmou que a
“mostra ajuda a ampliar a reflexão sobre os negros no País e a
intolerância racial nos dias atuais”. Já o secretário de Integração Social
e Defesa do Consumidor, Thiago Andrino, ressaltou que a “exposição contribui
para o reconhecimento das nossas origens”.
Resgatando Identidades
Uma das organizadoras da exposição fotográfica Resgatando a Identidade,
a jornalista Alessandra Bacelar, explica que as fotos são registros das
comunidades tradicionais quilombolas do Estado do Tocantins, captadas durante
atendimentos do Programa “Defensoria Quilombola”, realizados pelo Núcleo de
Ações Coletivas (NAC), Defensoria Pública Agrária (Dpagra) e Núcleo de Defesa
da Saúde (Nusa) da DPE-TO.
A exposição reúne registros fotográficos realizados pela repórter
fotográfica Loise Maria e Silva, pelas jornalistas Alessandra Bacelar, Keliane
Vale e Rose Dayanne Santana, e pela ex-estagiária Maryellen Araújo, durante as
ações do Programa “Defensoria Quilombola” em várias localidades do Estado.
Coleção Quilombola
Feitas em argilas cozida á vácuo junto com jornais, as peças da mostra
“Quilombolas Tocantins” é o resultado de uma pesquisa do artista Lops
junto à comunidade de Barra da Aroeira. São 20 obras, na qual são retratadas a
arte, a cultura e o dia a dia da comunidade que ainda guarda muitas tradições
ancestrais.
“Tive a oportunidade de conviver alguns dias com esta comunidade, que me
permitiu invadir seu espaço e aprender muito do seu cotidiano”, disse Lopes.
Nascido em Muntum – Minas Gerais, Laudeir Lopes escolheu o mundo das
artes, e dessa escolha, também se reinventou, surgiu então o artista plástico
“Lops”, que se conceitua como um artista detalhistas e perceptivo. (Com informações da Dicom/Defensoria)