
27 setembro 2017 às 15:57
Crianças de Taquaruçu aprendem o primeiro passo para fazer reciclagem através do Coleta Palmas
Alunos da Escola Municipal Crispim Pereira Alencar aprendem a separar o lixo do material reciclável e prometem pôr os ensinamentos em prática em suas casas
Qual o benefício da coleta seletiva na minha vida? Esse foi o questionamento que direcionou um bate-papo com alunos da Escola Municipal Crispim Pereira Alencar, no Distrito de Taquaruçu, sobre reciclagem, com seus conceitos e diferenças, e sobre o Coleta Palmas, programa de reciclagem desenvolvido pela Prefeitura de Palmas, através da Fundação Municipal de Meio Ambiente (FMA), em todas as regiões da cidade e no distrito.
De forma didática, os estudantes do 5º, 6º. 7º e 9º anos do Ensino Fundamental foram instruídos sobre a importância de cada pessoa contribuir para a preservação do meio ambiente com ações simples e com grandes resultados. A abordagem inicial tratou da diferença entre lixo e material reciclável para que as crianças tivessem autonomia para identificar o que pode ser reaproveitado ou rejeitado e destinado ao aterro sanitário. “A palavra de ordem é separar. Não existe coleta seletiva sem separação”, explicou o engenheiro ambiental e técnico do Coleta Palmas Diêverson Reis.
De acordo com a supervisora educacional Luciana Dias, as ações em prol da coleta seletiva estão em processo de desenvolvimento na escola. “Inicialmente as crianças estão conhecendo o projeto para se tornarem agentes ativos e multiplicadores. Mas alguns já estão trazendo para a escola o que conseguiram separar em suas casas. É fantástico ver o envolvimento dos alunos nessa iniciativa”, comemorou.
Mudança começa em casa
Consciente do poder que tem nas mãos, a aluna do 7º ano Mônica Raissa Rodrigues de Sá, de 12 anos, garante que vai mobilizar toda a família para que na sua casa seja feita a separação dos materiais recicláveis. “Gostei muito de conhecer como funciona certinho o Coleta Palmas e sobre o que posso ou não depositar no contêiner de resíduos secos que tem em frente a minha escola, disse Mônica, lembrando que na sua casa moram cinco pessoas. “Tenho certeza que vamos conseguir separar muita coisa, como caixa de leite, papelão, sacolinha de supermercado e um monte de coisas que jogamos no lixo e prejudicamos o meio ambiente.”
Segundo o engenheiro ambiental Diêverson Reis, a ideia é estimular o empoderamento dessas crianças para que multipliquem a iniciativa da separação desses materiais em suas casas e que as famílias se envolvam efetivamente nessa ação. “A educação ambiental deve ser ensinada desde a infância, para que tenhamos adultos conscientes. Algumas pessoas acreditam que a coleta seletiva é coisa de outro mundo, que precisa de um investimento par a compra das lixeiras específicas, mas não é bem assim. Basta um recipiente com tamanho médio, como uma caixa de papelão, ou um cesto grande que esteja sem uso em casa, para transformá-lo em uma pequena estação de coleta”, explicou.
Outro assunto abordado foi sobre a ação dos catadores de recicláveis. Segundo Reis, é um trabalho de formiguinha feito por eles, mas que tem grandes resultados e ajuda a diminuir a quantidade de resíduos que são descartados desnecessariamente no aterro da Capital.