Foto: Palmas- TO Foto- Raiza Milhomem
04 agosto 2021 às 18:32

Curso ‘Ações de Controle em Hanseníase’ recebe segunda turma nesta quinta-feira, 05

Treinamento visa capacitar os profissionais que ingressaram recentemente nas Unidades de Saúde

Nesta quinta-feira, 05, às 8 horas, terão início as aulas para a segunda turma do curso ‘Ações de Controle em Hanseníase’, promovido pela Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (Fesp) em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde (Semus). O treinamento tem como público-alvo os profissionais que atuam nas Unidades de Saúde da Família (USFs) da Capital, especialmente os que ingressaram recentemente, entre os quais estão os participantes dos programas de residências da Fesp. Para essa turma, o curso se estenderá nos dias 06 e 12 de agosto no Instituto Vinte de Maio (IVM).

A organização pedagógica do curso foi realizada pela Divisão de Educação Permanente da Fesp e pela Área Técnica da Hanseníase da Semus, além de contar com a participação dos residentes do Programa de Residência em Saúde Coletiva da Fesp.

Uma das instrutoras do curso é a fisioterapeuta Flávia Medina, especializada no atendimento de pacientes com hanseníase na rede municipal de saúde de Palmas. Ela explica que um dos pontos mais importantes do curso trata da avaliação neurológica feita no momento do diagnóstico e durante o acompanhamento do caso. Nesse procedimento observa-se a face, nariz, olhos, os membros superiores e inferiores. “O objetivo é identificar precocemente alterações e inflamações para que seja feito o tratamento adequado e torne-se possível prevenir e reverter incapacidades”, esclarece.

A hanseníase é considerada endêmica em Palmas e no Tocantins, isto é, trata-se de uma doença característica desta região geográfica do País. Dados apresentados pela Área Técnica de Hanseníase da Semus demonstram que na Capital foram diagnosticados 203 casos entre janeiro de 2021 até o momento. Desde 2016, quando a política de controle da hanseníase começou a ser estruturada na Capital, a média está em torno de 720 casos por ano. Antes disso, eram identificados anualmente cerca de 200 casos.

A descoberta de tantos casos se deve não necessariamente à disseminação da patologia, mas em grande parte ao trabalho de busca ativa na população feito pelas equipes de Saúde da Família, explica o coordenador da Área Técnica da Hanseníase, Pedro Paulo dos Santos Oliveira.

A rede municipal de saúde de Palmas oferece atendimento para a hanseníase em todas as 34 Unidades de Saúde da Família, desde o diagnóstico, passando pelo acompanhamento mensal e a disponibilização de medicamentos, reavaliação a cada três meses, até o controle e cura da doença. Em geral, esse processo dura de seis a doze meses.

 

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