Médicos e enfermeiros podem participar, a partir da próxima
segunda-feira, 21, do I Curso de Hanseonologia Aplicada PEP – APS que será
realizado em Palmas pela Secretaria Municipal de Saúde (Semus). A qualificação
visa aumentar a resolutividade e a integralidade do cuidado de pacientes com
hanseníase e seus comunicantes aprimorando a competência clínica e de cuidado
integral desses profissionais.

Com duração prevista de quatro meses a capacitação será
realizada em cada uma das Unidades de Saúde da Família da Capital. A
abertura oficial acontece na segunda, 21, às 14 horas, no auditório do
Centro Universitário Luterano de Palmas (ULBRA) no prédio 3 e terá
palestra do Dermatologista e Hansenólogo, Jaison Antônio Barreto.

Atuação

O Núcleo de Vigilância da Hanseníase de Palmas tem como
propósito reproduzir ações que visam orientar os diferentes níveis de
complexidade dos serviços de saúde, fortalecendo as ações de vigilância epidemiológica
da hanseníase no território. Também tem por meta fortificar as ações voltadas
para qualificação profissional para melhor atendimento ao paciente, diagnóstico
precoce e tratamento oportuno da doença e atuando na prevenção de deformidades
físicas.

Hanseníase

De acordo com o Ministério da Saúde a hanseníase é uma
doença crônica, infectocontagiosa, cujo principal agente etiológico é o Mycobacterium
leprae (M. Leprae). A doença atinge pele e nervos periféricos podendo
levar a sérias incapacidades físicas. O órgão alerta ainda que a hanseníase é
uma doença de notificação compulsória em todo o território nacional e de
investigação obrigatória.

Os principais sintomas são: dormências, dor nos nervos dos
braços, mãos, pernas e pés; lesões de pele (caroços e placas pelo corpo) com
alteração da sensibilidade ao calor, ao frio e ao toque. Algumas áreas da pele
podem apresentar alteração da sensibilidade mesmo sem lesão aparente; o
paciente também pode sentir diminuição da força muscular. As manchas típicas da
doença podem ser esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas.

A Hanseníase é transmitida pelas vias aéreas (secreções nasais,
gotículas da fala, tosse, espirro) por pacientes considerados bacilíferos, ou
seja, sem tratamento — aqueles que estão sendo tratados deixam de transmitir.