
Definidas as modalidades esportivas dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas
Chegou
ao fim nesta quinta-feira, 25, o Congresso Técnico dos Jogos Mundiais dos Povos
Indígenas, que reuniu representantes de 24 etnias nacionais e de 22 países, no
Estádio Mané Garrincha, em Brasília, para definir a logística e o regulamento
do Mundial, que acontece em Palmas, de 23 de outubro a 1º de novembro. Dentre
as modalidades tradicionais escolhidas para a competição estão arco e flecha,
corrida de tora, arremesso de lança, cabo de força, canoagem, corrida de
velocidade e natação em águas abertas. O futebol também entrou na lista, mas
como modalidade ‘ocidental’.
“Dentre
as modalidades tradicionais indígenas o destaque é para o arco e flecha, que é
considerado nobre, pois faz parte do contexto de sobrevivência destes povos.
Mas o Mundial também terá espaço para modalidades que não terão disputa,
chamadas de culturais, específicas de cada povo”, explicou o presidente da
Fundação Municipal de Esportes e Lazer (Fundesportes), Cleyton Alen.
“Por
se tratar da primeira edição do Mundial, há novas etnias participando, novos
povos, que têm novas relações com o esporte, o que altera, muitas vezes, a
forma de competição. Então a partir destas reuniões pudemos definir alguns
pontos para fecharmos o regulamento nos próximos dias, levando em conta as
colocações de todos os integrantes”, salientou o articulador internacional do
Comitê Intertribal, Marcos Terena.
Estrutura
O
complexo da Vila dos Jogos Indígenas será estabelecido na região Sul de Palmas,
no entorno do Estádio Nilton Santos, e integrará estruturas existentes e
provisórias. “As provas aquáticas serão realizadas no braço do Ribeirão
Taquaruçu e a competição de futebol, no Estádio. A Vila também terá arenas com
solo de terra, onde serão realizadas as modalidades tradicionais”, afirmou o
secretário extraordinário dos Jogos Indígenas, Hector Franco.
A expectativa é que o evento reúna cerca de 2,3 mil atletas. Do Brasil, estão confirmadas delegações das etnias Asurini, Bororo Boe, Rikbatsa, Javaé Itya Mahãdu, Guarani Kaiowá, Kayapó Mebengokre, Kaingang, Kamayurá, Karajá, Kyikatejê / Parakatejê, Canela Rãmkokamekra, Krahô, Kuikuro, Kura Bakairi, Mamaindê Nhambikwara, Manoki, Matis, Paresi, Pataxó, Tapirapé, Terena, Waiwai, Xavante e Xerente.
Também
confirmaram presença de atletas argentinos, chilenos, costa-riquenhos,
equatorianos, guatemaltecos, nicaraguenses, panamenhos, peruanos, uruguaios,
venezuelanos, mexicanos, colombianos e guianeses. Também estão confirmadas
delegações dos Estados Unidos e Canadá, da República do Congo, da Etiópia, da
Mongólia, da Austrália e Nova Zelândia.
A
primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas é uma parceria entre o
governo Federal – Ministério do Esporte e Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (Pnud), a Prefeitura de Palmas, o Comitê Intertribal Memória e
Ciência Indígena (ITC) e o Governo do Tocantins.