21 março 2018 às 15:25

Dia Internacional de Eliminação da Discriminação Racial é lembrado na Câmara de Palmas

O presidente da Casa de Leis, vereador José Lago Folha, disse que fará um estudo para destinação de fundos para o conselho.

O Conselho Municipal de Promoção da
Igualdade Racial (Compir)  esteve representado na manhã
desta quarta-feira, 21, na Câmara Municipal de Palmas, em alusão ao
Dia Internacional de Eliminação da Discriminação
Racial, lembrado no dia de hoje.

 

Durante encontro, o presidente da Câmara Municipal, Vereador José Lago Folha, e o representante do Conselho que também é superintendente Municipal de Igualdade Racial (Supir),
Nélio Lopes, elencou algumas demandas para o setor,  como
alocação de  recursos   para a execução de políticas
públicas,  campanhas,  atividades  de
conscientização  e amparo as vítimas de racismo e preconceito, alem
de  propor à Casa de Leis, uma  alteração na Lei Orgânica
do Município, para que  se crie um capitulo  que trate
especifica.

 

O presidente da Casa de Leis, vereador José Lago Folha, disse
que fará um estudo para destinação de fundos para o
conselho.

 

Nelio Lopes ressaltou que  70% da sua população de
Palmas  é  negra, conforme dados do IBGE.
“Precisamos  de um capitulo especifico  na Lei Orgânica do
Município  para tratar de assuntos relacionados a  este público”,
disse.

 

Em que pese o feminicídio (assassinato de uma mulher pelo fato de ser
mulher), para o superintendente, está havendo uma
desvalorização  da vida de forma gritante.  “Segundo
o  Núcleo de Mulheres,  a Capital lidera proporcionalmente
a  violência doméstica, e  maioria
dessa  violência domestica é sofrida por mulheres negras”, disse.

 

De acordo com a coordenadora Clínica do Núcleo Henfil e representante da
Saúde no Compir, Roberta Barajás, o número de mulheres negras portadoras de HIV
em Palmas supera o número de mulheres brancas. “Por uma questão cultural
lutamos para que estas mulheres tenham o mesmo acesso e
atendimento  na rede de saúde pública como as demais mulheres
infectadas”, disse.


Dados assustadores


Pesquisa do IBGE  revela que o número de assassinatos
motivados por feminicídio  cresceu 1.100%, nos últimos dez anos,
sendo que 20% envolvendo mulheres negras.

– A cada 7.2 segundos uma mulher é
vítima de violência física. (Fonte: Relógios da Violência, do Instituto Maria da
Penha)

– Em 2013, 13 mulheres morreram
todos os dias vítimas de feminicídio, isto é, assassinato em função de seu
gênero. Cerca de 30% foram mortas por parceiro ou ex. (Fonte: Mapa da Violência 2015)

– Esse número representa um
aumento de 21% em relação a década passada. Ou seja, temos indicadores de que
as mortes de mulheres estão aumentando.

– O assassinato de
mulheres negras aumentou (54%)
enquanto o de brancas diminuiu (9,8%). (Fonte: Mapa da Violência 2015)