
Em clima de união, indígenas participam de modalidades esportivas
A primeira fase dos Jogos
Nativos de Integração, realizada neste domingo, 25, foi marcada pelo espírito
de harmonia e respeito entre as etnias indígenas. Os participantes fizeram
questão de saudar uns aos outros a cada final das provas, nas modalidades de arco
e flecha, cabo de força e arremesso de lança.
Na prova do arco e flecha,
os participantes tinham direito a três jogadas. O alvo ficava a 10 metros de
distância e tinha o desenho de um peixe como imagem central. Etnias brasileiras
como Karajá e Javaé, além de estrangeiras da Argentina, Costa Rica e Mongólia
participaram da prova. Os indígenas da Mongólia arrancaram gritos e aplausos do
público pela grande habilidade, acertando as três flechas no alvo.
Já na prova do cabo de
força, os indígenas levaram para a Arena membros de sua tribo, que torciam com
cantos e danças bem próximos aos participantes. Etnias dos Estados Unidos,
Panamá, Filipinas e Nicarágua participaram da prova juntamente com indígenas
brasileiros. Os Pataxó e os Xerente venceram alguns duelos, tanto na prova
feminina como masculina.
A modalidade era composta
por dois grupos compostos por dez integrantes cada um. No feminino, a prova
tinha a duração de dois minutos e três no masculino. Um dos pontos altos da
prova foi a vitória da etnia brasileira Kura Bakairi diante dos guerreiros da
Nova Zelândia, conhecidos pela força, os Maori.
Para o estudante Bruno
Carvalho, os JMPI são oportunidade de ver de perto o que se estuda na escola.
“É muito legal porque a gente vê a cultura indígena, as pinturas, os
objetos que eles usam, e aqui nos Jogos podemos ver isso de perto”, disse
o estudante.
Manifestação
cultural
Após as modalidades
esportivas, duas etnias fizeram demonstração de suas culturas. Os Kuikuro, do
Mato Grosso, apresentaram a “dança do macaco”, que tem como
finalidade celebrar a alegria. Os Xerente fizeram uma amostra da “Corrida
da Tora”, apresentando também uma dança de agradecimento ao espírito
protetor da Aldeia.