
Em conferência no Peru, Amastha diz que educação e saúde já são marcas positivas de Palmas
Durante a Conferência Cidades com Futuro (CAF), prefeito destacou a importância de parcerias com instituições e empresas para melhorar ainda mais a qualidade das escolas de tempo integral
Ao participar da Conferência
Cidades com Futuro (CAF) nessa quinta-feira, 2, em Lima, capital do Peru, ao
lado de líderes de vários países sul-americanos, o prefeito Carlos Amastha
afirmou que, hoje, uma das marcas de Palmas é ser referência em educação e
saúde para o País. “As cidades com futuro têm principalmente uma coisa chamada
marca. Estou no segundo mandato e agora estamos colhendo os resultados, lembrou
o prefeito, usando Curitiba (PR) como exemplo.
Durante a mesa-redonda “Como
aumentar a produtividade e a inovação?”, Amastha lembrou que Palmas é a segunda
cidade do País com maior cobertura de educação integral e ressaltou que as
escolas de tempo integral palmenses, além da educação básica, promovem uma
série de atividades extracurriculares focadas em despertar e desenvolver as
aptidões dos alunos para música, esporte, ciências e outras áreas. “Isso me dá
uma grande alegria, pois contamos com grandes parceiros como Exército, Marinha,
Bombeiros, Guarda Metropolitana, Polícia Rodoviária Federal e Embrapa na
transferência de valores da sociedade para dentro da escola”, afirmou, numa
referência à política da Prefeitura de estabelecer parcerias entres as escolas
municipais e instituições e empresas consolidadas e respeitadas, tanto em nível
municipal como estadual e federal.
Ainda durante a
mesa-redonda, o prefeito aproveitou para destacar as ações da administração
para impulsionar a polo de saúde na região Norte do País, citando a criação, em
julho deste ano, da Linha 212, conhecida como Destino Saúde, cujo ônibus, de
cor branca para facilitar sua identificação, possui equipamentos para
primeiros-socorros e até um botão para acionar os serviços de emergências
durante o trajeto que passa por hospitais, clínicas e unidades de saúde da
cidade.
Debates
de alto nível
Numa mesa-redonda cujos
debates foram considerados de alto nível, a educação foi destacada em todas as
intervenções dos participantes, tanto no Ensino Fundamental, destacado pelo
prefeito Amastha, quanto no Ensino Médio, nesse último caso com foco nas
oportunidades de emprego e renda.
O planejamento apareceu em
seguida como campo essencial para nortear desenvolvimento com qualidade de
vida. E Michael Cohen, da The New School (EUA), frisou a importância da
intersetorialidade ou transversalidade para potencializar resultados e obter
relevância nas ações, ao passo que a marca da cidade, colocada também por
Amastha, mereceu destaque no painel.
“Todas as cidades devem
conhecer seus atributos de identidade mais fortes e desenvolvê-los, ou correrão
o risco de serem tudo para todos e nada de especial para ninguém. Como afirmou
Robert Solow, ‘A qualidade de vida não é um luxo da classe média. É um
imperativo econômico’”, lembrou a vice-presidente do Peru, Mercedes Aráoz,
citando o famoso economista americano.
Resíduos
sólidos e reciclagem
Também presidente do Conselho
de Ministro, Mercedes Aráoz afirmou que o Brasil tem muitos bons exemplos na
área da administração municipal a serem seguidos. “Podemos trabalhar com
diferentes exemplos que deram certo, como tecnologia e transporte
metropolitano. As cidades são reflexos históricos de nossa cultura e trabalhar
nossos centros culturais para melhor atender a todos, é essencial. Temos que
cuidar dos resíduos sólidos, de reciclagem. E o Brasil tem exemplos
interessantes de um bom manejo dos resíduos e temos muito a aprender”,
destacou.
Nesta área, Palmas se
destaca pelo seu programa de coleta seletiva, o Coleta Palmas, criado em 17 de
maio deste ano, no Dia Mundial da Reciclagem tendo como entusiasta a
primeira-dama Glô Amastha. Seu objetivo é promover práticas sustentáveis por
parte da população quanto ao descarte dos resíduos passíveis de reciclagem,
alertar para o consumo consciente, além de gerar renda para catadores e
cooperativas de recicláveis.
“Nosso campo de batalha são
as cidades, combater os graves problemas trazidos pelo crescimento
desordenado”, alertou o presidente-executivo do CAF, Luis Carranza, durante a
conferência, que termina nesta sexta-feira, 3, na capital peruana. “Urbanidade
implica impactos sobre o clima e, com as necessidades de consumos das pessoas
especialmente em energia, o problema ecológico é 200 vezes maior do que as
cidades. Isso é um risco enorme que nos representa e é o que precisamos
debater. Queremos trabalhar na busca de cidades mais resilientes, mais
eficientes, mais inclusivas”, enfatizou.