Músicas, cordéis e lembranças. Dessa forma os amigos e familiares celebraram a memória de Severino José Dantas, conhecido como Bira Dantas, poeta e cordelista, que faleceu dia 21 de março. O encontro aconteceu na quinta-feira, 24, no cineteatro da Pracinha da Cultura, localizada no Setor Morada do Sol II. A exibição do documentário ‘Ser Velho’, no qual o homenageado aparece, também marcou o momento.

Estiveram presentes os amigos, familiares, frequentadores do Parque do Idoso, do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), e alunos da Universidade da Maturidade (UMA) e do curso de extensão Maturidade em Cena.

Agostino Batista, amigo há mais de 16 anos do cordelita, esteve no local e relembrou sobre seus anos de amizade, trabalhando juntos e compartilhando o dom de escrever poesias. Ele se expressou por meio de um texto lido em voz alta, emocionando a todos que estavam presentes. “Juntos nós estudamos na UMA, fizemos parte do coral do Sesc, das atividades do Cras e vários outros momentos.”  Agostinho também falou sobre o livro de poemas que os dois escreveram: ‘A teoria dos Poetas’, a ser lançado em breve.

 “Realizamos essa homenagem porque o Bira  foi uma pessoa muito importante para gente aqui da Pracinha, ele fazia parte de tudo, estava sempre nos eventos com os cordéis, com a música, com a dança e com sua alegria. Era da comunidade”, ressaltou Ivan Lemos, coordenador na Pracinha da Cultura.

O encontro foi finalizado com um lanche e a apresentação musical de Juliana Maya, uma das alunas de curso de extensão Maturidade em Cena que prestigiaram a memória de Bira.

Ser Velho

O documentário reproduzido na homenagem traz à cena relatos de idosos acerca do envelhecimento na sociedade contemporânea, especificamente em Palmas. São diferentes olhares sobre temas como amor, sexualidade, arte, felicidade, assim como projetos de vida que são expressos na fala dos participantes. O projeto, dirigido pelos professores do curso de licenciatura em Teatro da UFT, Renata Patrícia e Gustavo Henrique, conta com a partição de Bira e foi produzido pela Fábrica Produções em parceria com o Grupo Um Ponto Dois.

Severino José Dantas – Bira Dantas

Contar histórias, habitar o imaginário, viver fantasias, descobrir mundos e encantar pessoas. Foram estas as características de Severino José Dantas, nascido em 09 de abril de 1945, em Carnaúbas dos Dantas.

Em 1973 fixou moradia em Araguaína, cidade do antigo norte do Goiás. No Colégio Santa Cruz concluiu o curso Técnico em Contabilidade (2º Grau), começou a marcar quadrilhas juninas, colaborou com jornais locais nas colunas sociais e esportivas. Mudou-se para Conceição do Araguaia, onde atuou como locutor de esporte e deu aulas de reforço de português. Ainda viveu em Porto Velho (RO), Rio Branco (AC) e retornou para Carnaúbas dos Dantas (RN).

Em 2004, mudou-se para Palmas e passou a marcar quadrilhas, tornando-se uma das figuras cativas da história do Arraiá da Capital. Marcador da Quadrilha Pega Fogo e aluno da Universidade da Maturidade (UMA), Bira Dantas também foi poeta e cordelista. Bira Dantas faleceu no dia 21 de março, em decorrência de um Câncer.

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