29 maio 2020 às 17:34

Entenda como funciona o monitoramento dos casos suspeitos e confirmados de Covid-19 em Palmas

A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) destaca que o paciente tem direito a atestado médico durante 14 dias, a partir do início dos sintomas  


O protocolo de
monitoramento para os pacientes com o novo coronavírus segue as recomendações
do Ministério da Saúde. A orientação para o isolamento domiciliar é determinada
para pacientes confirmados para Covid-19 que não apresentam sintomas graves,
pessoas com síndrome gripal e aquelas que tiveram contato com alguém suspeito
ou confirmado para o vírus. Já os pacientes em estado crítico são atendidos nas
Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e caso não apresentem melhoras são
encaminhados ao Hospital Geral de Palmas (HGP).


O paciente tem
direito a atestado médico durante 14 dias, a partir do início dos sintomas.
Durante esse tempo, também deve ser informado e orientado sobre os sinais de
gravidade da doença a cada 48 horas para pacientes sem comorbidades e a cada 24
horas para os pacientes com doenças de base (comorbidades) pela Equipe de Saúde
da Família (ESF) ou do Centro de Operações de Emergências (COE) por esses 14
dias ou até o desaparecimento dos sintomas.


Sintomas


De acordo com a
Secretaria Municipal de Saúde, são feitos questionamentos sobre sintomas como
febre, tosse, dificuldade respiratória, entre outros. E mesmo que haja melhora
ou não evolução dos sintomas a pessoa continua em observação em casa.


Caso haja agravamento
dos sintomas um médico realiza o teleatendimento e explica onde buscar
atendimento caso seja necessário, no Centro de Saúde da Comunidade (CSC) mais
próximo, ou, se apresentar gravidade na evolução dos sintomas, buscar
atendimento na emergência nas UPAs.


Síndrome Gripal


Já nos casos de
síndrome gripal com comorbidade e grupos prioritários (idosos e gestantes), a
equipe do COE (analistas em saúde e médicos), em conjunto com o Centro de Saúde,
acompanham por telefone a cada 24 horas. Para as demais pessoas é realizado a
cada 48 horas. Todos são monitorados por 14 dias ou até a finalização dos
sintomas.


Seguindo
recomendações do Ministério da Saúde, nestes casos não será necessária a coleta
de amostras para análise laboratorial. A alta é clínica com a finalização dos
sintomas por pelo menos 72 horas. Após essa identificação, um médico do Centro
de Operações de Emergência (COE) liga para o paciente e avalia a alta.


Conforme a diretora
de Vigilância em Saúde, Marta Malheiros, os casos de síndrome gripal que não
apresentem sintoma de gravidade devem permanecer em isolamento domiciliar por
14 dias, sendo monitorado a cada 48 horas.


Ainda segundo
Malheiros, a recomendação aos familiares do paciente positivo, que residam no
mesmo endereço, mesmo que assintomáticos, é que fiquem em isolamento mediante o
atestado médico ou preenchimento do termo de notificação de isolamento. “Porém,
é necessário avaliação de cada caso, considerando também se o ambiente
residencial é adequado e se o enfermo é capaz de seguir as medidas de precaução
recomendadas pela equipe de saúde”, acrescenta.


A Vigilância
Epidemiológica ressalta que todos os pacientes são alertados para a
possibilidade de piora tardia do quadro clínico e sinais de alerta de
complicações como: aparecimento de febre (podendo haver casos iniciais sem
febre), elevação ou recrudescência de febre ou sinais respiratórios,
taquicardia, dor pleurítica, fadiga e dispneia. “A presença de qualquer sinal
de alerta deverá determinar o encaminhamento para avaliação clínica nas
unidades de pronto atendimento ou hospitais”, reforça.


Monitoramento


A Semus realiza o
monitoramento como caso suspeito de paciente com quadro respiratório agudo,
caracterizado por sensação febril ou febre, mesmo que relatada, acompanhada de
tosse ou dor de garganta, coriza e dificuldade respiratória.


Os casos de síndrome
gripal, a notificação é realizada na Plataforma FormSus pelos Centros de Saúde
da Comunidade, Unidades de Pronto Atendimento ou hospitais. “Após o recebimento
da notificação será avaliado em qual monitoramento o paciente será incluído”, enfatiza
a diretora.

 







Edição: Lorena Karlla

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