22 abril 2015 às 17:24

Escola Marcos Freire recebe visita de indígena para momento de interação

Os alunos da Escola Municipal de Tempo Integral (ETI) Marcos Freire, localizada no Assentamento Marcos Freire, zona rural de Palmas, tiveram uma manhã de atividades diferentes nesta quarta-feira, 22. O motivo da saída da rotina escolar se deu devido à visita de um representante indígena da etnia Krahô Kanela, que esteve na ETI para conversar com os educandos.

 

A ação faz parte do Projeto Político Pedagógico da ETI e teve o objetivo de mostrar para os alunos a importância dos povos indígenas, e fazer com os mesmos pudessem interagir com um indígena e tirassem suas dúvidas sobre o modo de viver, cultura, tradições e ritos dos povos indígenas.

 

Presidente da União dos Estudantes Indígenas do Tocantins (UNEIT), Wagner Katamy Krahô Kanela, que estuda Administração na Universidade Federal do Tocantins (UFT), conversou com os alunos sobre a importância do encontro. “Momentos como esse são muito importantes para nós indígenas porque podemos mostrar um pouco da nossa cultura, de como nós vivemos na aldeia, falar da nossa realidade, de nossa luta, principalmente no que diz respeito a questão territorial tanto do meu povo, quanto dos outros povos indígenas do Estado do Tocantins”, garantiu.

 

A visita contou também com a presença da representante do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Sara Sánchez, que falou para os alunos sobre as etnias existentes no Estado, suas línguas, territórios, costumes, danças e ritos.


Para Sara, a causa indígena é de todos nós e não apenas a luta dos povos indígenas. “Nós da CIMI temos um trabalho de levar informações às universidades, escolas e centros de pesquisa, buscando sempre mostrar para a sociedade a importância dos povos indígenas para nossa sociedade, porque sabemos que o preconceito só cresce pela ignorância e pela falta de informação. Por isso, encontros como esse são de suma importância, porque se você conhece, aprende a respeitar e a valorizar. As crianças são extremamente importantes nesse trabalho porque se tornam sujeitos de transformação junto à sociedade, afirmou.


Quem aprovou a iniciativa de levar palestrantes à escola foi Pedro Henrique Carvalho, aluno do 5º ano, que se disse encantado com tudo que viu e ouviu. “Eu aprendi que os índios têm seus direitos e deveres como todos nós. Outra coisa que achei muito bacana foi a forma de viver deles, a dança, os rituais e o artesanato indígena que é muito criativo”, avaliou.

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