
Estratégias de prevenção ao suicídio são discutidas por profissionais na Capital
A discussão intersetorial ocorreu durante o III Encontro do Fórum de Saúde Mental; programação segue até 10 de outubro.
O III Encontro do Fórum de Saúde Mental com tema “Setembro Amarelo:
Prevenção ao Suicídio” reuniu profissionais da Saúde, da Educação e do
Desenvolvimento Social que discutiram de forma intersetorial os problemas
enfrentados por esses serviços acerca do suicídio. A proposta é, a partir daí,
traçar um planejamento que resulte em ações junto à comunidade a começar pelas
escolas do Município de Palmas. O evento aconteceu na manhã desta terça, 19, no
Centro Universitário Luterano de Palmas (Ceulp/Ulbra).
A gerente de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, Dhieine
Caminski acredita que na sociedade haja duas situações distintas: a banalização
do tema suicídio e o crescente intento contra à própria vida entre crianças e
adolescentes. “A banalização do suicídio por falta de desenvolvimento de
habilidades emocionais, por falta de compreensão dentro do ciclo familiar sobre
o que é o suicídio. Quando se fala em suicídio já não se acredita mais que
possa acontecer”, destaca a gerente, acrescentando ainda o novo contexto na
atualidade: “E outra situação que vem ocorrendo é que cada vez mais cedo
crianças e adolescentes vêm tendo sintomas e sinais de que possam a vir tentar
contra a própria vida e isso também reflete sobre a falta de diálogo e
discussão sobre o que é essa dor, esse sofrimento que pode levar ao
suicídio”, explica Dhieine que aconselha aos pais a manter um bom diálogo com
seus filhos, estimulando-os a falar sobre os seus sentimentos.
Entre os profissionais que participaram do encontro, a coordenadora pedagógica do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), Gythana Merigui defende que a discussão em torno do tema deve ser socializada. “É fundamental a discussão em relação ao suicídio e infelizmente essa temática ainda é um tabu. Mas as pesquisas têm mostrado que quanto mais a gente evita falar sobre isso, pior a situação fica. Então o ideal é que se fale, comente e discuta sobre essas questões, inclusive sobre os fatores de risco, a prevenção, a intervenção. E não só por parte do psicólogo, é necessário que se faça um trabalho multiprofissional onde todos tenham que contribuir cada uma na sua área”, ressaltou Gythana, adiantando que no próximo dia 27, o IFTO sediará um evento aberto à comunidade para discutir essa temática.
Comunidade
A programação do Setembro Amarelo traz nos dias 22 e 27 de setembro
oficinas e palestras abertas à comunidade sobre temas relacionados ao suicídio,
no Instituto Federal do Tocantins (IFTO) e na Universidade Federal do Tocantins
(UFT), das 14 às 18 horas. Nesses eventos serão tratados temas como “Suicídio e
Abuso de Substâncias”, “Suicídio e Abusos Sexuais”, “Suicídio e Automutilação”,
“Suicídio e Cultura”, “Suicídio e Transtornos Mentais” e “Suicídio e Orientação
Sexual”.
A programação encerra no dia 10 de outubro, quando é comemorado o
Dia Internacional da Saúde Mental, com uma ação no Parque Cesamar, tratando o
tema “Saúde Mental se faz todo dia em todos os lugares”.
Confira a programação
22 de setembro (sexta-feira) – 1º Encontro sobre Saúde Mental: Vamos
falar sobre Suicídio? – na UFT – 14 às 18 horas – Temas das Oficinas e
Palestras: Suicídio e Abuso de Substâncias, Suicídio e Abusos Sexuais, Suicídio
e Automutilação, Suicídio e Cultura, Suicídio e Transtornos Mentais e Suicídio
e Orientação Sexual.
27 de setembro (quarta-feira) – 2º Encontro sobre Saúde Mental: Vamos falar sobre
Suicídio? – IFTO – 14 às 18 horas – Temas das Oficinas e Palestras: Suicídio e
Abuso de Substâncias, Suicídio e Abusos Sexuais, Suicídio e Automutilação,
Suicídio e Cultura, Suicídio e Transtornos Mentais e Suicídio e Orientação
Sexual.
10 de outubro (terça-feira) – Ação no Parque Cesamar tratando o tema “Saúde Mental se faz todo dia em todos os lugares”.
Edição: Lorena Karlla