19 setembro 2017 às 15:32

Estratégias de prevenção ao suicídio são discutidas por profissionais na Capital

  A discussão intersetorial ocorreu durante o III Encontro do Fórum de Saúde Mental; programação segue até 10 de outubro.

O III Encontro do Fórum de Saúde Mental com tema “Setembro Amarelo: Prevenção ao Suicídio” reuniu profissionais da Saúde, da Educação e do Desenvolvimento Social que discutiram de forma intersetorial os problemas enfrentados por esses serviços acerca do suicídio. A proposta é, a partir daí, traçar um planejamento que resulte em ações junto à comunidade a começar pelas escolas do Município de Palmas. O evento aconteceu na manhã desta terça, 19, no Centro Universitário Luterano de Palmas (Ceulp/Ulbra).

 

 

 

A gerente de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, Dhieine Caminski acredita que na sociedade haja duas situações distintas: a banalização do tema suicídio e o crescente intento contra à própria vida entre crianças e adolescentes. “A banalização do suicídio por falta de desenvolvimento de habilidades emocionais, por falta de compreensão dentro do ciclo familiar sobre o que é o suicídio. Quando se fala em suicídio já não se acredita mais que possa acontecer”, destaca a gerente, acrescentando ainda o novo contexto na atualidade: “E outra situação que vem ocorrendo é que cada vez mais cedo crianças e adolescentes vêm tendo sintomas e sinais de que possam a vir tentar contra a própria vida e isso também reflete sobre a falta de diálogo e discussão sobre o que é essa dor, esse sofrimento que pode levar ao suicídio”, explica Dhieine que aconselha aos pais a manter um bom diálogo com seus filhos, estimulando-os a falar sobre os seus sentimentos.

 

 


Entre os profissionais que participaram do encontro, a coordenadora pedagógica do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), Gythana Merigui defende que a discussão em torno do tema deve ser socializada. “É fundamental a discussão em relação ao suicídio e infelizmente essa temática ainda é um tabu. Mas as pesquisas têm mostrado que quanto mais a gente evita falar sobre isso, pior a situação fica. Então o ideal é que se fale, comente e discuta sobre essas questões, inclusive sobre os fatores de risco, a prevenção, a intervenção. E não só por parte do psicólogo, é necessário que se faça um trabalho multiprofissional onde todos tenham que contribuir cada uma na sua área”, ressaltou Gythana, adiantando que no próximo dia 27, o IFTO sediará um evento aberto à comunidade para discutir essa temática.

 

 

 

Comunidade

 

 

A programação do Setembro Amarelo traz nos dias 22 e 27 de setembro oficinas e palestras abertas à comunidade sobre temas relacionados ao suicídio, no Instituto Federal do Tocantins (IFTO) e na Universidade Federal do Tocantins (UFT), das 14 às 18 horas. Nesses eventos serão tratados temas como “Suicídio e Abuso de Substâncias”, “Suicídio e Abusos Sexuais”, “Suicídio e Automutilação”, “Suicídio e Cultura”, “Suicídio e Transtornos Mentais” e “Suicídio e Orientação Sexual​”.

 

 

 

A programação encerra no dia 10 de outubro, quando é comemorado o Dia Internacional da Saúde Mental, com uma ação no Parque Cesamar, tratando o tema “Saúde Mental se faz todo dia em todos os lugares”.

 

 

Confira a programação

 

 

22 de setembro (sexta-feira) – 1º Encontro sobre Saúde Mental: Vamos falar sobre Suicídio? – na UFT – 14 às 18 horas – Temas das Oficinas e Palestras: Suicídio e Abuso de Substâncias, Suicídio e Abusos Sexuais, Suicídio e Automutilação, Suicídio e Cultura, Suicídio e Transtornos Mentais e Suicídio e Orientação Sexual​.

 

 

27 de setembro (quarta-feira) – 2º Encontro sobre Saúde Mental: Vamos falar sobre Suicídio? – IFTO – 14 às 18 horas – Temas das Oficinas e Palestras: Suicídio e Abuso de Substâncias, Suicídio e Abusos Sexuais, Suicídio e Automutilação, Suicídio e Cultura, Suicídio e Transtornos Mentais e Suicídio e Orientação Sexual.​

 

 

10 de outubro (terça-feira) – Ação no Parque Cesamar tratando o tema “Saúde Mental se faz todo dia em todos os lugares”.




Edição: Lorena Karlla 

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