
ETI Fidêncio Bogo doa pescado para famílias de alunos em vulnerabilidade social
Foram doados 200 quilos de peixe tambatinga
Familiares de alunos
da Escola de Tempo Integral (ETI) Fidêncio Bogo receberam na manhã desta
quarta-feira, 29, a doação de aproximadamente 200 quilos de peixe tambatinga, que
seriam destinados à alimentação escolar. Banana, mandioca e milho produzidos
nas experiências agroecológicas do projeto Roça na Escola, além de alimentos
oriundos da merenda escolar, compõem as cestas básicas entregues às 60 famílias
em situação vulnerabilidade, que já são acompanhadas pela gestão da escola.
Esta é a terceira doação de alimentos realizada desde a suspensão das aulas em
virtude da pandemia de coronavirus (Covid19), a primeira que inclui o pescado.
Os peixes são
produzidos desde 2017, em parceria entre a ETI Fidêncio Bogo, Secretaria de
Desenvolvimento Rural (Seder) e Embrapa em dois tanques de piscicultura
localizados na escola e outros dois na Agrotins. A experiência permite o
desenvolvimento das pesquisas acerca da espécie escolhida, atividades
extraclasse, além do enriquecimento do cardápio dos alunos. Os alimentos
produzidos no Roça na Escola não consumidos no local, mas destinados a outras
unidades escolares.
A diretora Joselaine Queli
Fiamett ressalta que a introdução do pescado na alimentação escolar é uma das
propostas da escola. Inaugurada em agosto do ano passado, esta seria a terceira
vez em que o peixe seria servido na merenda. “Os peixes, preparados em forma de
tortas e risotos, sem espinhas, tiveram uma boa aceitação pelos alunos. Este
seria o momento de promover mais uma capacitação para as merendeiras e oferecer
novamente o peixe no cardápio, mas a doação também atende a uma causa nobre”,
disse.
Espécie
híbrida
A espécie tambatinga
(C. macropomum x P. brachypomus) é
resultado do cruzamento induzido entre a fêmea do Tambaqui (Colossoma macropomum) e o macho da
Pirapitinga (Piaractus brachypomus),
duas espécies amazônicas. O resultado é um híbrido com boas características
comerciais, com corpo arredondado, corais prateados e com pigmentação
avermelhada na parte frontal (peitoral), que pode ultrapassar dois quilos.
Segundo o engenheiro
agrônomo Daniel Alves, responsável na escola pela condução da pesquisa, a
tabatinga apresentou um desenvolvimento satisfatório para o ambiente de Palmas.
“Todas as instituições envolvidas na pesquisa ficaram satisfeitas com os
resultados, e ainda temos alimento de qualidade para os alunos. Os demais
peixes em crescimento, em caso de manutenção da suspensão das aulas, também
devem ser doados às famílias mais necessitadas”, concluiu.