
Fazendinha: projeto da Prefeitura de Palmas é destaque na Agrotins 2025 com tecnologias sustentáveis e apoio ao produtor rural
Unidade demonstrativa gerida pela Secretaria Municipal da Agricultura e Serviços do Interior de Palmas está, oficialmente, aberta à visitação
A Fazendinha, projeto da Prefeitura de Palmas executado por meio da Secretaria Municipal da Agricultura e Serviços do Interior (Seasi), já está aberta à visitação na Agrotins 2025 – a maior feira de tecnologia agropecuária da região Norte do País. A feira começou oficialmente na manhã desta terça-feira, 13, no Parque Agrotecnológico Engenheiro Agrônomo Mauro Mendanha, em Palmas, e segue com programação até o dia 17.
O espaço, que é um dos destaques do evento, já está preparado para receber os visitantes com diversas atrações voltadas à produção sustentável. Entre os destaques estão cultivos de diferentes variedades de mandioca, uma estufa com mudas de alface (americana e crespa) e pepinos destinados às hortas comunitárias, além de tanques escavados com criação de peixes das espécies pirarucu, tambaqui e caranha.
A Fazendinha também apresenta programas e políticas públicas voltadas ao fortalecimento da agricultura familiar, como o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), o Cadastro da Agricultura Familiar (CAF), e um berçário de mudas equipado com sistema de irrigação por nebulização, com capacidade para até 1.200 mudas de hortaliças e frutas.
Durante a visita, o casal de produtores Girlene Almeida e Altermar Almeida conheceu o berçário e conversou com o técnico da Seasi Luiz Antônio. “Já trabalhamos com pepino japonês e queremos ampliar a produção com esse sistema de irrigação por nebulização. Aprendemos muito aqui, inclusive sobre o tipo de adubo e o plantio em bandejas, que não conhecíamos”, comentou Girlene.
Em parceria com a Fundação Municipal de Meio Ambiente de Palmas, o espaço também conta com distribuição de mudas frutíferas como açaí, buriti, goiaba, ata, romã, pitanga, amora, entre outras. Além disso, são promovidas ações de educação ambiental com práticas sustentáveis, incluindo o uso de lixeiras para redução de resíduos e palestras sobre consumo consciente, compostagem e reciclagem.
Mais espaços produtivos
Outro local de visitação é a Casa da Farinha que a partir da próxima quinta-feira, 15, terá produção de farinha temperada, enriquecida com pequi desidratado e açafrão. Haverá também a produção de farinha de puba e farinha branca, tendo como origem o banco de maniva produzido na própria Fazendinha.
Na Fazendinha, há também o espaço de exposição de mini vacas leiteiras da raça holandesa/gir, filhas de fertilização in vitro, que produzem em média 10 litros de leite por dia, e área de equinos e caprinos. O espaço chamou atenção das acadêmicas de medicina veterinária Natyele Barbosa e Millena Mendes Marinho, que passaram a manhã cuidando dos animais.
Caravanas de alunos de diversas escolas do município, como a Escola de Tempo Integral (ETI) Luiz Nunes de Oliveira, situada no distrito de Buritirana, também estiveram visitando a Fazendinha. Os alunos da Escola Municipal Henrique Talone, Davi Farias, Ana Luiza e Anna Flavia, participaram de um podcast com o secretário da Seasi, Major Negreiros, com quem falaram acerca de uma pesquisa desenvolvida sobre o impacto das queimadas no meio ambiente, que afetam a fauna, especialmente as araras que estão migrando para a área urbana da Capital.
Parceria
Em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Fazendinha possui projeto de criação de peixes com cinco tanques destinados à criação da espécie pirarucu, tambaqui e caranha.
No espaço demonstrativo, o visitante também poderá conhecer outras culturas como bananas, seis variedades de mandioca, projeto Germinar, unidades de pastagem e criação de equinos, cabras e bovinos.
Para o secretário Major Negreiros, o projeto da Prefeitura de Palmas demonstra que a evolução das tecnologias podem ser aplicadas também aos pequenos agricultores de Palmas. “A Fazendinha está inserida no conceito de Agroevolução, uma transformação que representa o progresso tecnológico, sustentável e humano, do pequeno agricultor ao agronegócio”, avalia.
Texto: Márcio Greick
Edição: Iara Cruz