24 outubro 2015 às 16:03

Feira Mundial apresenta diversidade do artesanato e cultura indígena

Na manhã deste sábado, 24, foi aberta para visitação a Feira Mundial de Artesanato Indígena, com a participação de expositores de 44 etnias brasileiras e internacionais. Promovida pelo Sebrae Tocantins, a feira, localizada na Vila dos Jogos Indígenas, integra a programação do evento e acontece até o dia 31 de outubro.

 

No local, os visitantes têm acesso a uma grande variedade de peças como bolsas, colares, brincos, cocás, máscaras e esculturas produzidas com diversos tipos de materiais, entre eles madeira, penas, sementes, palhas, barro entre outros. Etnias brasileiras como Karajá, Javaé, Xerente, Mbyá-guarani e povos de países como Equador, Panamá, Chile e Costa Rica estão apresentando as peculiaridades de seus artesanatos no local.

 

O prefeito de Palmas, Carlos Amastha, destacou a importante parceria com o Sebrae. “A feira de artesanato possui um papel primordial na valorização do artesanato e da cultura indígena. Ficamos felizes com a parceria que engrandece ainda mais os jogos mundiais indígenas”.

 

A realização da feira também foi elogiada pelo ministro do Esporte, George Hilton, que visitou o local. “O apoio do Sebrae com a feira é fundamental para difundir a arte indígena, uma cultura rica que representa a nossa origem, faz parte da nossa história e que queremos preservar e proteger”.

 

De acordo com o superintendente do Sebrae Tocantins, Omar Hennemann, a feira tem como objetivo oportunizar aos indígenas uma vitrine para o seu artesanato. “Nós esperamos dar oportunidade para apresentarem seu artesanato, disponibilizamos salas de negócios e convidamos empreendedores de diversos estados para conhecer e fechar negócios”.

 

Diversidade

A variedade de estilos, materiais e peças agradou o paulista Ricardo Pedroso, proprietário de uma empresa que comercializa artesanato brasileiro e presidente da Associação para o Comércio do Artesanato Brasileiro. “Não poderia perder essa oportunidade histórica de vir para participar da feira e dos jogos mundiais. Nosso interesse é no artesanato popular e o indígena é secular, lindo e rico. Estou satisfeito e adquirindo várias peças”, afirmou.

 

A curadora de exposições Adelia Borges também visitou a feira para adquirir peças. “Meu foco é adquirir peças que utilizem materiais vegetais como sementes, fibras, madeira que integrarão uma exposição que estamos organizando para janeiro de 2016, no Rio de Janeiro”, conta.

 

A oportunidade de expor a cultura por meio do artesanato foi destacada pelo indígena Ariel Cruz, da etnia Mbyá-guarani, do Rio Grande do Sul. “Viemos mostrar nosso trabalho e estamos confiantes”, afirmou.