
Feira Mundial apresenta diversidade do artesanato e cultura indígena
Na manhã deste sábado, 24,
foi aberta para visitação a Feira Mundial de Artesanato Indígena, com a
participação de expositores de 44 etnias brasileiras e internacionais.
Promovida pelo Sebrae Tocantins, a feira, localizada na Vila dos Jogos
Indígenas, integra a programação do evento e acontece até o dia 31 de outubro.
No local, os visitantes têm
acesso a uma grande variedade de peças como bolsas, colares, brincos, cocás,
máscaras e esculturas produzidas com diversos tipos de materiais, entre eles
madeira, penas, sementes, palhas, barro entre outros. Etnias brasileiras como
Karajá, Javaé, Xerente, Mbyá-guarani e povos de países como Equador, Panamá,
Chile e Costa Rica estão apresentando as peculiaridades de seus artesanatos no
local.
O prefeito de Palmas, Carlos
Amastha, destacou a importante parceria com o Sebrae. “A feira de artesanato
possui um papel primordial na valorização do artesanato e da cultura indígena.
Ficamos felizes com a parceria que engrandece ainda mais os jogos mundiais
indígenas”.
A realização da feira também
foi elogiada pelo ministro do Esporte, George Hilton, que visitou o local. “O
apoio do Sebrae com a feira é fundamental para difundir a arte indígena, uma
cultura rica que representa a nossa origem, faz parte da nossa história e que queremos
preservar e proteger”.
De acordo com o
superintendente do Sebrae Tocantins, Omar Hennemann, a feira tem como objetivo
oportunizar aos indígenas uma vitrine para o seu artesanato. “Nós esperamos dar
oportunidade para apresentarem seu artesanato, disponibilizamos salas de
negócios e convidamos empreendedores de diversos estados para conhecer e fechar
negócios”.
Diversidade
A variedade de estilos,
materiais e peças agradou o paulista Ricardo Pedroso, proprietário de uma
empresa que comercializa artesanato brasileiro e presidente da Associação para
o Comércio do Artesanato Brasileiro. “Não poderia perder essa oportunidade
histórica de vir para participar da feira e dos jogos mundiais. Nosso interesse
é no artesanato popular e o indígena é secular, lindo e rico. Estou satisfeito
e adquirindo várias peças”, afirmou.
A curadora de exposições
Adelia Borges também visitou a feira para adquirir peças. “Meu foco é adquirir
peças que utilizem materiais vegetais como sementes, fibras, madeira que
integrarão uma exposição que estamos organizando para janeiro de 2016, no Rio
de Janeiro”, conta.
A oportunidade de expor a
cultura por meio do artesanato foi destacada pelo indígena Ariel Cruz, da etnia
Mbyá-guarani, do Rio Grande do Sul. “Viemos mostrar nosso trabalho e estamos
confiantes”, afirmou.