Grupos de Trabalho atuarão para formar profissionais e fortalecer a Rede de Atenção Psicossocial em Palmas
As deliberações ocorreram durante reunião do Grupo Condutor de Saúde Mental e instituições parceiras
Redefinir a Portaria
de criação do Grupo Condutor de Saúde Mental da Secretaria de Saúde de Palmas
(Semus) e criar grupos de trabalhos que sejam deliberativos. Estes foram alguns
dos encaminhamentos feitos durante reunião realizada nesta quarta-feira, 31, no
auditório da Semus com a participação de representantes da sociedade civil,
conselhos de classe, estudantes, professores, trabalhadores do Sistema Único de
Assistência Social (SUAS) e do Sistema Único de Saúde (SUS), Segurança Pública,
entre outros.
Segundo a gerente de
Saúde Mental da Semus, Dhieine Caminski, as discussões foram bastante
produtivas em torno das pautas propostas: ‘Comunidades Terapêuticas e os Novos
Rumos das Políticas Públicas sobre Álcool e outras Drogas’ e ‘Protocolo de
Saúde Mental e Construção da Classificação de Risco na RAPS – Do Centro de
Saúde da Comunidade ao Hospital Geral de Palmas – Repactuando para
Fortalecimento da RAPS’.
Comunidades
terapêuticas
Sobre as comunidades
terapêuticas e os novos rumos da política de álcool e drogas em âmbito nacional
e municipal, o encaminhamento foi no sentido de formular uma comissão
fiscalizadora dessas instituições que atuam tanto em Palmas quanto no Estado.
“Para começar a construir critérios de encaminhamentos para criar uma rede de
fato e não como é hoje, uma rede só de encaminhamentos, mas uma rede de
articulação” informou Dhieine, complementando que “os profissionais de saúde
estão implicados hoje em entender um pouco mais como as comunidades
terapêuticas funcionam, e as comunidades terapêuticas também, diante de algumas
posições que elas têm e que não ficavam bem claras para a rede.”.
Protocolo
e fluxos
Quanto ao Protocolo
de Saúde Mental no âmbito do município de Palmas em relação ao fluxo com o
Hospital Geral de Palmas, a reunião era para atender uma demanda da Defensoria
Pública, porém o hospital não enviou representantes. “Só que foi muito rica a
discussão porque as pessoas começaram a entender que não é um protocolo que vai
dar vazão para atenção em saúde mental, mas a construção de uma lógica de saúde
mental entre os serviços”, ressaltou Dhieine, citando os encaminhamentos:
redefinição da Portaria de criação do Grupo Condutor “que precisa ser nomeativa”
e a criação de grupos de trabalhos para que sejam deliberativos.
“Dessa reunião já
saiu o Grupo de Trabalho de Saúde Mental na Atenção Primária e agora vamos conversar
com a gestão da Atenção Primária, em nível municipal e estadual, para definir
um cronograma de formação para equipes da Estratégia de Saúde da Família e dos
Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf’s). Porque tanto na atenção primária
quanto na secundária há uma confusão do que é para cada uma atender, porque o
sofrimento mental é tido como algo muito complexo”, ponderou.
A enfermeira
Margarete Santos de Amorim que também é docente no Centro Universitário
Luterano de Palmas (Ceulp/Ulbra) acredita que discussões como essa fortalecem a
rede. “Quando os serviços estão bem articulados entre eles, desde a atenção
básica até a alta complexidade, isso garante um atendimento de qualidade para
os usuários que necessitam principalmente na área de saúde mental”, disse
Margarete, que atua como supervisora dos acadêmicos em estágios junto aos Centros
de Atenção Psicossocial e Consultório na Rua.