Iniciada série de reuniões setoriais entre a FCP e a classe artística
Diálogo entre profissionais das artes cênicas e o presidente da Fundação Cultural de Palmas (FCP), Luiz Carlos Teixeira, marcaram, nesta terça-feira, 25, o início da série de reuniões que acontecem até sexta-feira, 28 no auditório do Memorial Coluna Prestes, localizado na Praça dos Girassóis. Nesta quarta-feira, 26, a partir das 14 horas é a vez das artes plásticas, artesanato, literatura e cidadania cultural.
O presidente da FCP fez um balanço dos seis meses de gestão, das dificuldades encontradas e dos avanços, como o aumento do orçamento, a aprovação da Lei de Incentivo à Cultura, o lançamento do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic), o início do processo de desinterdição do Espaço Cultural, entre outros. “Leva um tempo para se apropriar das coisas que vêm acontecendo, estamos na gestão para melhorar, dar mais atenção para a classe artística. Minha ideia sempre foi trazer o conselho para a FCP para, de fato, chegar na implementação da política cultural no município”, pontuou.
A questão mais recorrente na fala dos artistas foi o edital do Promic, lançado em maio, pelo qual contempla projetos artísticos, culturais e de cidadania interessados em receber fomento financeiro do Fundo Municipal de Apoio à Cultura. Os artistas questionaram alguns itens e fizeram sugestões para os próximos editais. Além disso, comentaram sobre legislação e a necessidade de mobilização da classe.
O professor de teatro Tales Monteiro argumentou que toda política pública tem caráter público e “eu tenho notado a transparência e a rapidez, queremos permanência e não pontualidade”, destacou. A bailarina Meire Maria ressaltou que, no Tocantins, os únicos contratantes é o serviço público. “São 25 anos de militância e vendo que a cultura de Palmas estava regredindo, mas acredito que daqui para frente teremos mais representatividade”, disse.
Momento novo
O ativista cultural Wetemberg Nunes comentou que veio para Palmas há 13 anos para tentar lutar pelo movimento e que agora vive um momento em que começou a existir a cultura para a cidade. “Estamos vendo uma coisa que não se vê há anos, nós não temos profissão regulamentada, temos que começar a pensar como administradores”, ressaltou.
Além do presidente da FCP, compuseram a mesa, a procuradora geral do município, Alethéia Schnitzer, o assessor da FCP, Cícero Belém, e o chefe da assessoria técnica e do planejamento da FCP, Hananias Vieira.