23 novembro 2009 às 15:25

IV Seminário do Controle Social em Saúde do Trabalhador discute a prevenção e combate a doenças e acidentes de trabalho

O IV Seminário do Controle Social em Saúde do Trabalhador promovido pela Secretaria da Saúde de Palmas (Semus), acontece na próxima quarta-feira, 25, às 8 horas, no Auditório da Assembléia Legislativa, em Palmas. O evento será aberto ao público em ger…

Como otimizar ações para combater doenças e acidentes
relacionados ao trabalho? Essa é a principal finalidade do IV Seminário do
Controle Social em Saúde do Trabalhador que será promovido pela Secretaria da
Saúde de Palmas (Semus), no próximo dia 25 de novembro, às 8 horas, no
Auditório da Assembléia Legislativa, em Palmas.

O evento será aberto ao público em geral, e contará com a
participação de dirigentes sindicais, movimentos sociais, trabalhadores em
saúde, representantes de instituições públicas e privadas. “É preciso
conscientizar as instituições e entidades representativas dos trabalhadores
para uma maior atuação na prevenção e no combate às doenças e acidentes no
ambiente de trabalho” – assegura Samuel Bonilha, Secretário da Saúde,
argumentando que, além de altos custos, acidentes geram inúmeras mutilações e
transtornos psico-sociais para os afetados.

Estatísticas
De acordo com Núccia Raquel Barbosa, gerente do Centro de
Referência de Saúde do Trabalhador (Cerest) da Semus, em Palmas, de janeiro a
outubro de 2009, 135 trabalhadores se envolveram em acidentes graves de
trabalho, dentre esses, 11 foram fatais. “As notificações de acidentes do
trabalho não refletem a realidade, uma vez que a segurança do trabalho ainda
não é uma unanimidade nas empresas regidas pela Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), em especial nas pequenas e micro empresas”, informa a gerente.

Tocantins
De acordo com estatísticas do Cerest, no Estado do
Tocantins, de janeiro a outubro de 2009, foram registrados 342 acidentes de
trabalho graves, com 14 óbitos.

Brasil
Em 2006 no Brasil, morreram 2.717 trabalhadores,
totalizando, em média, sete óbitos por dia, ou seja, uma morte a cada três
horas. No mesmo ano, do total de 503.890 acidentes de trabalho registrados pelo
Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), 80,1% corresponderam a
acidentes típicos, 14,6% a acidentes de trajeto e 5,3% a doenças do trabalho.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, na América
Latina, menos de 4% das doenças ocupacionais são notificadas, e no Brasil, os
dados oficiais restringem-se apenas ao universo dos trabalhadores formais.