Com muito entusiasmo, os marcadores deram o tom da animação dos participantes das juninas de Palmas. Conhecidos também como puxadores e animadores, eles foram as vozes que conduziram as juninas do 25º Arraiá da Capital São João da Palma. E além de comandar, eles cantaram, atuaram, dançaram e encantaram o público.

À frente da junina Girassol do Cerrado há cinco anos, o veterano Alessandro Lima conta que o trabalho de marcador exige muita responsabilidade. “A nossa responsabilidade é muito grande, até porque a gente também é julgado como um quesito, por isso a responsabilidade acaba dobrando em cima da gente. Temos que ter todo o cuidado do mundo para não prejudicar o grupo. Nossa função de marcador é comandar a dinâmica do grupo, com fala e com gestos”.

No São João da Palma também teve a estreia do jovem Wanderson Santana, de apenas 21 anos, como marcador. Ele não escondeu o nervosismo de comandar pela primeira vez os brincantes da Coronéis da Sucupira. “A ansiedade está a mil, e as expectativas são as melhores, primeiro por ser meu primeiro ano, então é um momento de mostrar serviço, de mostrar trabalho”.

O marcador é julgado como quesito e o destaque da festa será premiado em R$ 5 mil. A maestrina Renate Stephanes, jurada no quesito Marcador/Animador, conta quais são os critérios de avaliação. “A gente avalia a marcação, pois a função do marcador é deixar a quadrilha certinha, por isso a movimentação dele dentro da quadrilha é importantíssima. E ao mesmo tempo ele tem que deixar a quadrilha muito para frente, a quadrilha tem que se sentir segura. Também tem o quesito criatividade, avaliamos como ele vai conduzir a quadrilha e como ele vai falar também. A harmonia e o figurino também são avaliados”.

A jurada também ressalta a importância do marcador não se sobressair acima da quadrilha. “Atualmente os marcadores estão se integrando mais as quadrilhas, junto com seus figurinos, antes não tinha muito isso, e hoje as roupas deles são muito mais sofisticadas. Eles precisam tomar muito cuidado, pois ficam numa divisão muito tênue entre o exagero e a discrição, o marcador não pode se sobressair mais que a própria quadrilha”.

Locutores

Mas o comando de toda a festa, aqueles que alegram a plateia durante os intervalos das apresentações das juninas, fazendo interação com o público, ficou por conta do palhaço Batatinha Frita e do radialista e locutor Almir Silva. O palhaço, que já é figurinha carimbada no Arraiá da Capital São João da Palma, conta como tudo começou.

“Estou com cinco anos de Arraiá da Capital, e foi um sonho. A princípio, a ideia era para ser um locutor diferenciado, mas no primeiro dia que eu vim para o Arraiá, eu estava vindo de uma festa todo maquiado de palhaço, e quando cheguei não dava tempo de tirar a maquiagem e vestir o figurino. Então o produtor pediu para eu entrar assim mesmo. Eu entrei e o público gostou, e assim continuei. A cada ano trazemos algo novo e agora se tornou tradição ter o palhaço Batatinha animando o povo”, conta Magno Santos, o palhaço Batatinha Frita.

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