
Medidas adotadas pela Prefeitura de Palmas garantem mais de R$ 17 milhões em economia
Com o objetivo de esclarecer as
medidas tomadas pelo Município para superar a crise que atinge todo o País e
manter em dia as contas da Prefeitura, foi realizada coletiva na tarde desta
quarta-feira, 15, com a presença do prefeito Carlos Amastha, titular da
Secretaria de Finanças, Cláudio Schüller, e demais representantes do
secretariado municipal. A expectativa é de que até o final de dezembro, as
medidas gerem uma economia de mais de 13 milhões com pessoal e mais de R$ 4
milhões com despesas de custeio.
Amastha ressaltou que as medidas
adotadas foram necessárias devido à queda no repasse de verba federal ao
Município. Segundo o prefeito, a verba federal representa 61 % do orçamento
municipal, o que, consequentemente, influencia muito na saúde financeira da
Cidade. “Mesmo a gente conseguindo dobrar a arrecadação do município, ainda
temos um orçamento que depende mais de 50% do Governo Federal. Já melhoramos muito,
pois a verba federal já chegou a representar 80% do orçamento”, ponderou
Amastha.
A queda de repasse de verba federal,
que soma R$ 10 milhões a menos que em 2014, provocou medidas de contenção de
despesas adotadas pela Prefeitura, como suspensão das férias e de horas extras
dos servidores municipais, além de redução no uso de equipamentos como
copiadoras e locação de veículos e redução do salário de servidores
comissionados, de 10% a 20 %. “A obrigação da Prefeitura é manter-se como
indutora do desenvolvimento da Cidade, por isso, precisamos adotar medidas para
atravessarmos esse momento difícil vivido em todo o País”, reforçou Amastha.
O conjunto de medidas tomadas já
trouxe uma economia mensal de aproximadamente R$ 3,5 milhões. Somente com a
redução em quantitativo de comissionados, contratos, estagiários, e a suspensão
de férias, gratificação e horas extras, a economia corresponde a R$ 3 milhões.
A expectativa é que estas medidas correspondam, até dezembro deste ano, mais de
R$ 13 milhões em economia para o Município.
Quanto às despesas de custeio como
copiadora, combustível, locação de veículos, energia, telefone, materiais de
consumo, a medidas adotadas resultarão numa economia de mais de R$ 4 milhões.
O planejamento orçamentário inclui
ainda cobrança judicial de dívidas com o Município; alienação de áreas
públicas; depósitos judiciais referentes aos impostos arrecadados pelos Bancos
que deveriam ser pagos à Prefeitura; doação de 20 % do salário dos secretários
municipais, que ficarão guardados no Fundo do Município; além de cobrança ao
Estado sobre a falta de repasse do Imposto sobre Serviço (ISS), valor
correspondente a R$ 7 milhões.
“Já estamos adotando medidas
jurídicas para efetuar cobrança junto aos devedores. Vamos fazer de tudo para
que essa crise pública não contamine a Cidade. Estamos com nossas contas em
dia, e não podemos correr o risco de perder as grandes obras e projetos que
estamos trazendo e desenvolvendo em Palmas”, declarou Amastha.
Números
A Receita prevista para o 2º
quadrimestre de 2015 era aproximadamente R$ 728 milhões. No entanto, o
Município arrecadou cerca de R$ 583 milhões;
As despesas referentes a serviços de
copiadoras e locação de veículo somaram cerca de R$ 800 mil, no período de
janeiro a junho deste ano. Com as medidas adotadas, a gestão municipal
economizou mais de R$ 300 mil. A projeção é que, até dezembro deste ano, a
economia em relação a esses dois serviços chegue a R$1,2 milhão.
Quanto à inadimplência com o
município, 85% deste índice correspondem a mais R$ 429,5 milhões devidos pelos
50 maiores contribuintes.