
Menores atendidos pelos Cras Morada do Sol e Santa Bárbara participam de campeonato de karatê
Evento ajudará na classificação de crianças e adolescentes carentes para competição em Brasília (DF) em maio
“O
caratê é muito importante porque aprendo a ser uma pessoa melhor”, disse
Yasmin Afonso Lopes, 11 anos, do setor Morada do Sol II. Ela faturou duas
medalhas de ouro no I Campeonato de Karatê dos Centros de Referência em
Assistência Social (Cras) do Santa Bárbara e Morada do Sol, realizado em parceria com a Associação
de Karatê Kiai-Kan (AKK) de Palmas.
O
sorriso de Yasmim e de outras 42 crianças e adolescentes que competiram
neste sábado, 07, na Escola de Tempo Integral (ETI) do Santa Bárbara, em
Palmas, revelou o resultado do esforço de profissionais dos Cras e parceiros
dedicados a oferecer iniciação esportiva a filhos de famílias em situação de
vulnerabilidade. Evento ajudará na classificação de crianças e adolescentes
carentes para competição em Brasília (DF) em maio deste ano.
Fazem parte do projeto crianças e adolescentes de 5 a 17 anos oriundos de famílias prioritárias ou atendidas pelo Programa de Atenção Integral à Família (Paif) ou encaminhadas pelo Conselho Tutelar. Todas as aulas são gratuitas, conforme explicaram as coordenadoras Marisa Reis (Santa Bárbara) e Sandra Costa (Morada do Sol).
O professor Adriano Galúcio Batista, ou sensei Adriano como é chamado pelos alunos, ensina karatê voluntariamente. Ele começou no esporte em 1999 e explica que pensou em ser voluntário para passar adiante o que aprendeu com o esporte. “Quando comecei, arcava com muitos gastos que a prática do esporte exigia seja com competições e uniforme e me perguntava de que outra forma eu poderia ajudar crianças que não tinham condições de pagar a seguir o caminho do esporte”, relembra.
Sua
iniciativa rende não só depoimentos de amadurecimento dos alunos como também elogios
dos pais. “Meu filho está há um ano e meio no projeto, percebi melhora na
comunicação dele e mudança na escola. A professora fala que ele tem se mostrado
mais dedicado aos estudos. Avalio que tudo isso é resultado do projeto. Esse
sensei é um guerreiro”, disse o mecânico Edivaldo Sousa de Oliveira que é
pai do Rafael Vieira Oliveira, 6 anos.
(Edição e postagem: Lorena
Karlla)