
Moradores dos Aurenys recebem instruções de como combater o mosquito
Mãe de nove filhos, 28
netos e oito bisnetos, dona Zulmira Lopes de Carvalho, de 71 anos de
idade, mora no Jardim Aureny IV e não dá bobeira ao mosquito Aedes Aegypt.
Ela se orgulha ao dizer que em sua casa não há focos do
mosquito. “Aqui no meu quintal eu limpo diretinho, inclusive com ajuda do meu
neto. É um combate muito bom se todos cuidarem dos seus quintais”, disse dona
Zulmira, acrescentando que para ela o maior problema no bairro são os lotes
vagos que servem como depósitos de lixo e entulhos.
Acompanhado da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e do ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rosseto, o prefeito Carlos Amastha, acompanhou a visita dos agentes à residência da aposentada.
O prefeito Carlos Amastha parabenizou
a iniciativa da moradora, destacando que a batalha contra o mosquito é um dever
de todo cidadão. “Essa aqui é a primeira batalha contra o mosquito, mas teremos
ações contínuas durante o ano”, disse.
O chefe do executivo acrescentou que
é preciso a participação da comunidade, das escolas e das crianças,
no combate ao mosquito. “As crianças podem contribuir sendo xerife na luta
contra o mosquito, é a sociedade que tem que assumir essa guerra e não o
mosquito”, concluiu.
Durante a visita dos ministros e do
prefeito, a dona Zulmira fez questão de mostrar o quintal limpo e vários
vasilhames com plantas que recebem todo cuidado para não acumular
água. “A dona Zulmira nos ensina e nos educa, pois é um
exemplo para o nosso país. Como ela, iremos derrotar o mosquito”, ressaltou o ministro Miguel
Rosseto.
Mas, há alguns quilômetros
da casa da dona Zulmira, na Rua 38 quadra 64, no Jardim
Aureny III, voluntários que faziam a limpeza de lotes baldios, encontraram
vários focos do mosquito.
A professora Francisca Neri, foi
destacada pra trabalhar na área 22 do Aureny III, e ficou assustada com a
quantidade de lixo acumulado em lotes baldios. “Encontramos muito lixo,
entulho, garrafas e galhadas”, disse.
Proprietária de um bar, dona Graciene
Ribeiro Souza estava inconformada com o lote do vizinho. “Os vizinhos tem
que colaborar também. Eles jogam lixo em lugar não adequado”, disse.
Sentimento compartilhado também pela
dona Maria de Jesus Araújo, de 65 anos de idade, moradora da Rua 36, no mesmo
bairro. “Muitos moradores limpam seus quintais, mas outros, não colaboram”, desabafou.
Segundo ela, sua neta e sua filha já contraíram dengue este ano.
Já o comerciante, João Carlos,
recebeu a visita de um grupo de militares do Exército em seu comércio. Com
o folheto em mãos, ele acredita que a informação será valiosa para
repassar aos vizinhos. “A gente faz direito nosso trabalho de combate. Se todo
mundo fizer sua parte seria ótimo”, destacou.
Durante a visita, os militares do
exército, distribuem panfletos e guia sobre como eliminar os criadouros e
folder explicativo, sobre principais sintomas da Dengue, Chikungunya e Zika, e cuidados
em casa e no local de trabalho.
A região Sul da Capital,
especialmente os Aurenys e o Taquari, foi escolhida para a operação deste
sábado por concentrar a maior quantidade de focos do Aedes e consequentemente
de casos das doenças transmitidas pelo mosquito.