07 março 2016 às 14:41

Na véspera do Dia da Mulher, a agente de trânsito Wilma Damasceno relata os desafios da profissão

Fiscalizar, orientar e monitorar o
trânsito, uma função que até pouco tempo era predominantemente masculina, aos
poucos vem crescendo o número de profissionais mulheres e a agente Wilma
Damasceno faz parte dessa estatística. Ela ingressou no serviço público no
último concurso, em 2014, quando dos 21 convocados nove foram mulheres.

 

Wilma é mãe de três filhos, esposa,
agente de Trânsito e ainda estuda. Ela relata que como agente de trânsito nunca
sofreu discriminação, pelo fato de ser mulher nem por parte dos condutores
homens e muito menos dos colegas de profissão. “Acredito que o cidadão está
mais consciente sobre o nosso trabalho”, enfatizou.

 

A agente relatou que a população não
vê com espanto ou diferença o fato de existir mulheres como fiscais de
trânsito, no entanto, alguns ainda vêm com estranheza o fato de uma mulher
estar conduzindo viatura. “No ano passado, durante o desfile cívico em
comemoração ao aniversário de Palmas, muitos populares na arquibancada agiram
com espanto ao me ver dirigindo uma viatura. Apontavam e diziam: É uma
mulher!”.

 

Para o supervisor de Trânsito, Clébio
Braga, as mulheres atuam no trânsito melhor que muitos homens. “Elas não têm
medo e não fazem “corpo mole” de pegar sol e chuva, de pegar peso”. O colega e
agente de trânsito, Urano Nolasco, por sua vez diz que as mulheres são mais
observadoras e isso ajuda no trabalho em equipe”.

 

Sobre encarar a rotina de agente de trânsito
com serenidade e respeito dos motoristas, Wilma garante ser firme nas
abordagens, utilizando sempre de boa educação. Ela conta que já sofreu
xingamentos, mas não atribui ao fato de ser mulher. “O que realmente os
condutores têm medo é da autuação, e eles acabam não gostando de serem chamados
à atenção”.

 

 

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