26 agosto 2017 às 14:25

No Dia do Psicólogo, profissionais falam da satisfação em atender os usuários do SUS

Data é celebrada neste domingo, 27. Município conta atualmente com 38 psicólogos. 

 

“No meu conceito, toda pessoa precisaria passar por um processo terapêutico para se conhecer. Quando a gente se conhece, quando tem uma satisfação pela vida e se ama de verdade, a gente é mais feliz.” O conselho é do psicólogo Sérgio Baggio, que tem 25 anos de profissão, sendo que os últimos três anos foram dedicados aos pacientes que frequentam o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD III). Baggio e as também psicólogas Stefhane Santana e Priscylla Cassol acreditam que neste domingo, 27, Dia do Psicólogo, há muito o que se comemorar, dada a amplitude de atuação desse profissional e ao reconhecimento por parte dos demais profissionais de saúde e pacientes.

 

 

Na Capital, esses profissionais não estão apenas nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS II e CAPS AD III), além dos 11 psicólogos que atuam nessa área junto à Secretaria Municipal de Saúde, existem ainda 27 psicólogos atuando nos 13 Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASFs), mais perto dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

 

Como é o caso da psicóloga residente Priscylla Cassol que atua no Centro de Saúde da Comunidade da Arso 41. “É muito rico, o psicólogo ter vindo para a unidade de saúde, porque antes ele atendia em ambulatório, e na unidade tem a possibilidade de discussão do caso. O médico nos consulta sobre a necessidade de acompanhamento e qual seria o mais adequado. A gente tem essa discussão, essa troca”, ressalta Priscylla.

 

 

Com exceção das segundas-feiras, quando atende os idosos do Parque Vida Ativa e dos dias em que tem visitas domiciliares, a psicóloga está na unidade fazendo o atendimento individual, de no mínimo uma hora, aos pacientes encaminhados pelos demais profissionais da unidade. “O paciente pode ser encaminhado por qualquer profissional de saúde que atua aqui na unidade, seja o agente de saúde, o enfermeiro, o médico. Qualquer paciente que esteja passando por algum sofrimento e veja a necessidade de um atendimento psicológico, ele pode conversar com esses profissionais e será encaminhado para mim”, explica, lembrando que a grande demanda faz com que a prioridade no atendimento seja para usuários de álcool e drogas, pacientes com quadro depressivo ou que sofrem algum tipo de violência física ou psicológica.

 

 

Saúde Mental

 

 

Residente na área de Saúde Mental, a psicóloga Stefhane Santana fala da desconstrução dos estigmas, preconceitos e discriminação. Ela atua na promoção da articulação e do trabalho em rede, com a integração dos serviços de forma intersetorial e interdisciplinar. “O objetivo é atender a pessoa de forma integral, lançando olhar para toda a gama de aspectos que o envolve biopsicossocialmente”, diz Stéfhane, ressaltando que esse trabalho consiste em reuniões para discussão de casos em equipe, consultas compartilhadas, visitas domiciliares, momentos de educação permanente e atividades de mobilização social com diálogo entre os profissionais e a comunidade. “Porém um ponto central é o acolhimento ao usuário, ou seja, realizar uma escuta qualificada para entender o contexto em que está inserido e identificar suas demandas”, pontua.

 

Entende-se por saúde mental, não só os transtornos causados por esquizofrenia ou quadros depressivos; pessoas que fazem uso ou abuso de álcool e outras drogas também se enquadram nesse contexto. “A gente entende que por trás do uso de uma substância tem toda uma subjetividade, uma história, que de certa forma a droga é um pano de fundo para aliviar um sofrimento psicológico, ter um momento de satisfação pela vida. Mas temos tido muitos êxitos e esse feedback positivo nos motiva a trabalhar. O que nos move é saber que estamos munidos de técnica e teoria para desenvolver o nosso trabalho e ajudar essas pessoas. Eu amo o que eu faço”, finaliza Baggio.




Edição: Lorena Karlla 

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