16 agosto 2018 às 15:57

Paisagismo natural do Cerrado encanta Capital com várias flores e cores

Até setembro é possível observar também a floração das árvores do cerrado


 

 

Desde julho, o Cerrado vem se transformando e os palmenses podem desfrutar das floradas da vegetação que têm características muito singulares nessa época do ano. Até o final de setembro ainda há muito espetáculo para ver com a floração dos ipês-amarelos, brancos e roxos, dos pequizeiros, acácias amarelas, sucupiras, os cega machados, flamboyants e muitas outras.

 

 

Em Palmas atualmente nos parques e avenidas, mesmo com o período de estiagem, as flores do Cerrado começam a desabrochar, embelezar e encantar os apreciadores das belezas naturais. Os primeiros a florir são os ipês e pequizeiros, colorindo a cidade e gerando beleza, até mesmo quando olhamos para o chão.

 

 

Segundo o biólogo da Universidade Federal do Tocantins, Rodney Viana, a floração do Cerrado nessa época de seca, nada mais é que uma estratégia de sobrevivência, eles perdem todas as folhas e somente as flores aparecem, atraindo assim mais polinizadores e consequentemente o aparecimento dos frutos.

 

 

“Os ipês usam esse período de estiagem para produzir flores e depois frutos, para no período de chuva dispersar as sementes, hora que necessita da água para germinar e assim sobreviver”, disse.

 

 

O Cerrado no Tocantins ainda é a área mais preservada do País, explica Viana, e que o mesmo se encontra numa área importante entre a Amazônia, Caatinga e áreas alagáveis próximo do Pantanal, região da Lagoa da Confusão, o Bico do Papagaio e o Jalapão, e por isso apresenta uma maior quantidade de espécies, aumentando a quantidade do bioma como um todo.

 

 

Essa estratégia de sobrevivência promove, para Palmas em especial, um espetáculo de cores que agrada toda à população.  A bacharel em Direito, Nathália Leão, ressalta que gosta bastante, porque além de ser uma época bonita é também um lembrete de que o Cerrado é resistente. “Não se trata de uma vegetação pobre como por muito tempo pensaram. O único pesar são as queimadas”, completou.

 

 

Mas também já é possível apreciar muitas outras flores e sabores, os cajus estão por toda parte, as flores das mangas já antecipam seus cachos. O roxo dos cega machados e sucupiras estão florescendo, basta parar e olhar.

 

Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Cerrado é uma das 35 regiões com maior diversidade biológica da Terra, e o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando uma área de 2.036.448 km². A sua área incide sobre os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo, Distrito Federal, Amapá, Roraima e Amazonas.

 

 

Neste espaço territorial encontram-se as nascentes das três maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata), o que resulta em um elevado potencial aquífero e favorece a sua biodiversidade. No Tocantins, o bioma abriga grandes reservas de água subterrânea e é berço da Bacia Hidrográfica Tocantins-Araguaia, um dos principais propulsores do desenvolvimento social e econômico do Estado e que necessita de cuidados para evitar extinção de espécies.

 

 

O Centro Nacional de Conservação da Flora, integrado ao MMA, destaca que na natureza tudo está integrado. Não se salva uma planta se não se preservar o seu habitat. Por isso em Palmas, a Prefeitura tem feito sua parte, inclusive nesse período de estiagem com a limpeza pública que tem intensificado os serviços de roçagem e limpeza das quadras, avenidas e áreas públicas da Capital, com manutenção dos parques e jardins para conservar a natureza e a beleza da vegetação do Cerrado.

 

 

 

Recentemente aconteceu na programação do Agosto Verde 2018, o Dia Técnico sobre recuperação natural dos solos do Cerrado na região Coqueirinho. Na ocasião foram abordados temas como prevenção de queimadas, desmatamento, água, vegetação, matas ciliares e recuperação de áreas desmatadas com intuito de preservar o bioma.

 

 

 

 

Paisagismo na Capital

 

 

Preocupada em recuperar, manter e preservar as características do Cerrado na Capital, a Prefeitura de Palmas ao longo dessa última gestão, arborizou áreas disponíveis em escolas e suas proximidades, propiciando conforto térmico e outros benefícios provenientes da cobertura vegetal. Com este objetivo, o projeto Pé de Sombra já plantou 1805 mudas de árvores nativas e frutíferas nas regiões Centro, Sul e Norte do Município, propiciando a formação de arvoredos em locais parcial ou totalmente desmatados.

 

 

O trabalho teve início com o levantamento das condições de cada lugar, para definição da quantidade e espécies mais adequadas de acordo com os critérios do Plano de Arborização de Palmas. O plantio também tem sido feito contemplando as melhores condições para o desenvolvimento e formação da planta, como dimensões da cova, adubação química e orgânica e, sobretudo, a época do plantio, coincidente com o período chuvoso.

 

 

 

Na região Norte, foram 940 mudas plantadas em 16 escolas e centros de ensino, além de suas adjacências como calçadas e praças. Na região Sul, incluindo os distritos de Taquaruçu e Buritirana, foram mais 706 mudas com 20 escolas beneficiadas. No Centro, região que abriga o maior número de unidades de ensino da rede municipal, já foram contempladas seis das 32 escolas, em um total parcial de 159 mudas plantadas. O trabalho de plantio é desenvolvido em parceria entre a Fundação de Meio Ambiente e as Secretarias Municipais de Infraestrutura e de Educação. Todas as mudas são produzidas no Viveiro Municipal.





(Edição e postagem: Lorena Karlla)